14 de out. de 2011

Ducci, Beto e Dilma e as obras do metrô


Embora a oposição insista em aliar o nome de Gleisi Hoffmann (PT), hoje ministra-chefe da Casa Civil, como uma das responsáveis pela liberação de recursos para o metrô curitibano, objetivando plantar imagem política para o futuro, a grande verdade é que ficaram bonito na fotografia, de fato, o prefeito Luciano Ducci (PSB) e o governador Beto Richa (PSDB), que lado a lado com Dilma Rousseff (PT) são hoje as autoridades que identificam esta empreitada de vulto.

Motivando papagaios de pirata que tentaram até decidir o local de uma solenidade onde a presidente da República daria o recado que uns e outros querem porque querem tirar os méritos do prefeito de Curitiba e do governador do Paraná, fica claro, neste caso, que as questões de estado estão acima das picuinhas políticas com as quais se procura envolver esta obra.

Esta foi uma semana de marchas e contra marchas, especulações e muita fofoca, tudo por conta do anúncio presidencial quanto aos recursos para as obras do metrô curitibano, uma das primeiras chamadas grandes obras na área do transporte e infraestrutura que envolve o governo federal com a liberação de recursos.

Fruto de um entendimento entre governantes, que neste ano de 2011 prosperou mais do que nunca, principalmente depois que o Paraná encerrou o ciclo bocudo das desavenças políticas plantado por Requião no estado em dois mandatos, a liberação de recursos federais, na ordem de 45% do total, representam a confirmação de uma empreitada que terá o restante dos recursos por conta do governo Beto Richa e da Prefeitura de Curitiba, comandada por Luciano Ducci.

Procurando misturar política com questão de governo, o deputado federal André Vargas (PT) foi um dos porta-vozes dos papagaios de pirata que pretenderam aparecer no ombro da situação, especulando, até, que um encontro de Dilma com Gustavo Fruet (PDT) sinalizaria desde já o início da campanha para 2012 com o governo e o Partido dos Trabalhadores entrando desde já com apoio, todos de olho, de fato, na campanha de 2014, quando pretendem Gleisi Hoffmann batendo de frente com Beto Richa, que mal iniciou seu mandato e já é dado como certo pelos adversários como candidato à reeleição.

Nem o companheiro de Gleisi, o ministro das Comunicações Paulo Bernardo, foi tão afoito quanto outros petistas nesta busca de um gancho do metrô curitibano com articulações políticas, certo de que três anos de antecedência é tempo demais para desgastar e criar clima desesperado quando o Brasil na atualidade só quer saber do governo Dilma que também, a exemplo de Beto Richa, mal está começando a trabalhar.

Para os mais otimistas é até possível que a Copa de 2014 mostre os primeiros km e estações do metrô curitibano prontos, embora o funcionamento da primeira linha como foi planejado só tenha reais condições de se completar dois anos mais tarde.

Esquecendo que o mais importante a esta altura é a confirmação de recursos, que chegam a R$ 2.250 bilhões, mais ou menos, está claro que o anúncio desta semana, com Ducci, Beto e Dilma, está muito acima do que imaginaram uns e outros com a clara intenção de empurrar goela abaixo às eleições municipais de 2012 e as eleições estaduais de 2014, no plano estadual e federal.

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