Publicamente ao menos, o encontro de prefeitos e vices do PMDB realizado essa semana em Curitiba, não rendeu nada. Mas o presidente do diretório paranaense, deputado federal Osmar Serraglio, meteu alguns dos participantes em uma saia justa ao criticar a gestão anterior por deixar de “cuidar” das contas do partido e por “privilegiar” uns em detrimento de outros. Só não disse que uns e nem que outros.
E COBRA
Em seu discurso, Serraglio citou como exemplo que em 2004 o diretório estadual teria recebido mais de R$ 1 milhão e não conseguiu provar no que gastou, “tanto é que teve suas contas reprovadas”, observou. O dirigente do Paraná fez tais críticas na presença do senador Valdir Raupp, presidente nacional em exercício do PMDB.
PAISAGEM
Isso não foi nada, porém. Serraglio não se importou nem com os vizinhos na mesa que dirigia os trabalhos do encontro. Entre eles, membros da gestão anterior, os deputados estaduais Waldyr Pugliesi, presidente, Luiz Cláudio Romanelli, vice-presidente, e Ademir Bier, tesoureiro.
FALA PUGLIESI
Um dia depois o deputado Waldyr Pugliesi, contestou algumas declarações de Osmar Serraglio. A mais grave, sobre a reprovação das contas de 2004, que levou ao corte do Fundo Partidário, Pugliesi lembrou que não era, à época, presidente do PMDB, e fez suas as palavras do presidente nacional do partido, senador Valdir Raupp, que, na tentativa de apaziguar os ânimos, disse que este é um problema que está diretamente ligado ao contador (!).
ISSO NÃO
Outra fala do atual presidente do PMDB, de que a partir de agora o PMDB será democrático, passando a ouvir as bases. Pugliesi rebateu que nos cinco anos que ficou na presidência (2007/2011), as bases sempre foram ouvidas, tanto é assim que realizou 22 encontros regionais.
DEMAIS DA CONTA
E quanto a afirmação de Serraglio de que apenas alguns peemedebistas, prefeitos, principalmente, foram privilegiados nas inserções do PMDB estadual no horário eleitoral. Pugliesi lembrou que o partido tinha cerca de 150 prefeitos (enquanto esteve no poder no Estado) e que havia espaço para todos.
RAUPP TA CERTO
Parece até que para cutucar a maioria das lideranças do PMDB paranaense, já de “certa idade”, o senador Raupp fez que não reparou e pediu uma espécie de “cruzada” dos líderes do partido na busca de novos quadros. Raupp deixou a ordem aqui da direção nacional: em 2014 o PMDB deve lançar candidatura própria em todos os Estados. “Queremos disputar com pelo menos 20 candidatos a governador”, disse.
CONFERE
Para o presidente nacional do PMDB, o Paraná é um dos Estados mais peemedebistas do Brasil. “Aqui nosso partido já elegeu três governadores (José Richa, Alvaro Dias e Roberto Requião) e três governadores interinos (João Elísio Ferraz de Campos, Mário Pereira e Orlando Pessuti)”, citou.
OS NÚMEROS
Raupp afirmou que o PMDB continua sendo o maior partido do Brasil, com mais de 2,4 milhões de filiados. “No ano passado elegemos 1.030 prefeitos, 800 vice-prefeitos e mais de 50 mil vereadores, além de termos as maiores bancadas no Senado e na Câmara Federal, o que torna o nosso partido fundamental para a governabilidade no Congresso Nacional e nos Estados”, disse o dirigente nacional.
BATE-PRONTO
“Não é vergonha perder uma convenção, ou uma eleição, vergonha é mudar de postura, mudar de lado. O PMDB do Paraná precisa lançar candidatura própria a governador”. Do deputado estadual Anibelli Neto, único que não é da base aliada do governo Richa, optou pelo grupo do senador Roberto Requião. Curiosamente o deputado foi ao evento.
REBOTE
Quem rebateu foi o deputado estadual licenciado e secretário do Trabalho, Luiz Claudio Romanelli. Disse que a integração da bancada, com a base do governador Richa na Assembleia, foi resultado de uma consulta às bases. “Tanto é assim que o governador manteve todas as políticas e programas sociais criados no governo do PMDB”.
PESSUTI FOI
A maioria dos 13 deputados estaduais do partido esteve no encontro, inclusive os dois licenciados, Romanelli e Luiz Eduardo Cheida (secretário estadual do Meio Ambiente), além do ex-governador Orlando Pessuti e sua cria política, o senador Sérgio Souza.
E BRIGOU !

Falando em Pessuti, ele se estranhou com o deputado Nereu Moura por conta de um leva e traz envolvendo o prefeito de Palmital. Nervoso, o sempre calmo Pessuti atacou Moura com uma “barrigada” em pleno evento. O caso foi parar na Comissão de Ética do PMDB.
 
 
 
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