O PSDB vai protocolar nesta terça-feira (28) requerimentos de convocação da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para esclarecer as denúncias da revista Veja. Segundo reportagem, ela teria participado de negociações para a compra de falso dossiê, na corrida eleitoral de 2006, contra o então candidato ao governo de São Paulo, José Serra, no escândalo dos aloprados.
O partido vai convidar ainda o secretário do Ministério da Educação, Carlos Abicalil. A revista aponta ligação entre ele, que teria atuado na fabricação de um dossiê semelhante no Mato Grosso, e a petista. Os documentos serão apresentados às comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Segurança Pública da Câmara. O deputado Luiz Fernando Machado (PSDB-SP) pede a apuração imediata dos fatos. “Vejo com preocupação que o núcleo central do governo, que trabalha na antessala da Presidência, esteja envolvido na compra de dossiê. Isso fere o princípio claro da democracia em um processo de disputa eleitoral. Aqueles que forem partícipes precisam prestar esclarecimentos à sociedade”, condenou.
A denúncia é grave. Existem gravações que incriminam essas pessoas e merecem explicação. A população cobra a elucidação do caso. O nosso papel é apurar esses fatos e esclarecê-los”, acrescentou Reinaldo Azambuja (PSDB-MS). O deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) reprovou a suposta participação de mais um ministro de Dilma Rousseff no esquema. “É triste a gente ver a imprensa apresentar documentos indicadores de que a corrupção aumenta a cada dia”, criticou.Em entrevista ao jornal O Globo, o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, defendeu Ideli e afirmou que há uma tentativa de atingir a colega e a gestão Dilma. O petista foi apontado pela Veja como um dos “mentores” do forjado dossiê contra Serra. As declarações de Mercadante foram rechaçadas. “O governo quer tapar o sol com a peneira e encobrir os fatos. Isso desestabiliza o Executivo e cria uma certa conivência. A oposição vai insistir e buscar todos os esclarecimentos necessários”, declarou Gomes de Matos. (Andressa Galvão - Diário Tucano)
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