21 de nov. de 2011

Curitiba terá um hospital só para os ricos

Divulgados os primeiros detalhes do empreendimento do Grupo Aliança Saúde, esta foi a imagem que colou no Hospital Marcelino Champagnat, no Cajuru – um hospital para ricos.

O nosocômio, como eram chamados antigamente os hospitais, coloca a capital paranaense no chamado “turismo de saúde”, segmento que segundo estimativas movimenta cerca de R$ 60 bilhões em todo o mundo, com previsão de crescer 35% nos próximos cinco anos somente no Brasil.

O investimento do grupo Aliança Saúde foi da ordem de R$ 75 milhões, tendo sido concluído nos últimos dias, colocando Curitiba em condições de concorrer com hospitais como o Sírio-Libanês e Albert Einstein, em São Paulo, que só recebem autoridades políticas e os endinheirados.

O novo hospital, que já está pronto para o atendimento de pacientes que tenham dinheiro e condições de pagar um atendimento ou internamento no local, terá complexo de equipamentos cirúrgicos mais avançados que os atualmente usados nos hospitais curitibanos, e pretende contar com uma equipe de 400 profissionais.

Para se ter uma ideia do “SPA Hospital” que será o Marcelino Champagnat, destaque-se que será o chef du cuisine Celso Freire, altamente badalado pela crônica gastronômica e social como um dos melhores do país, quem vai assinar os pratos a serem servidos aos “clientes-doentes-vips”que ali estiverem internados.

Em um prédio de 10 andares no bairro Cristo Rei, o Hospital Marcelino Champagnat vai gerar 330 empregos diretos na área assistencial, funcionando em seu interior 72 clínicas médicas, com equipes 24 horas de geriatria, neurologia, cardiologia, cirurgia geral, ortopedia e anestesiologia, tendo nada menos que sete salas de cirurgia.

Ali, gente do dinheiro não terá problema e vai contar com um tratamento diferenciado com 118 leitos, dos quais 31 de UTI, destacando-se ainda duas salas de cirurgia “inteligentes”, contando com equipamentos que permitem videoconferência com outros hospitais em qualquer parte do mundo.

Uma coisa é certa: doente pobre não entra.

E se for levado por engano é despachado para o seu devido lugar, pois este, afinal, é “hospital de gente rica”.

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