De repente, não mais que de repente, a Polícia Federal em operação no Paraná, leia-se Curitiba, bateu em um endereço onde imaginava encontrar uma coisa e encontrou outra.
A operação era para desbaratar uma quadrilha que agia em vários endereços, um dos quais era, justamente, uma fortaleza do jogo do bicho, embora a princípio se imaginasse como centro de drogas onde os narcotraficantes se abasteciam.
E a casa caiu.
Com a detenção de dezenas de pessoas, pobres-coitados que com suas motos iam e vinham levando e entregando jogos e resultados, a Polícia Federal chegou a salas onde caixas de dinheiro e papeletas do Jogo do Bicho deixavam claro que ali estava um dos grandes centros do zoológico em números que faz a alegria de milhares de pessoas em Curitiba, no Paraná e no Brasil.
Foi a explosão de uma situação que o Impacto PR já vinha cobrando há algum tempo, alertando quanto as suspeitas de que tinha linguiça embaixo dessa farofa toda chamada jogo do bicho.
Com a operação da Polícia Federal, que inclusive desmontou um esquema de caça-níqueis, nos quais estariam envolvidos policiais paranaenses, que recebiam suas generosas contribuições dos contraventores, a casa de fato caiu.
Dizem que, até hoje, os desentendimentos continuam e o jogo do bicho que sofreu duro golpe, tenta se arrumar novamente em Curitiba embora o prejuízo tenha sido grande mas incapaz, ainda, de desmontar completamente esquemas e situações que há muitos anos, inclusive nos governos Requião&Pessuti, vinham sendo mantidos por conta de vistas grossas em relação à contravenção.
Remontar todos os esquemas leva mais tempo do que simplesmente arrumar um novo barracão para transformar em fortaleza do jogo do bicho e garantir aquela mixaria que diariamente uns e outros jogam e que formam um grande bolo que permite dividir uma verdadeira fortuna entre alguns privilegiados.
Até que venha a dar nova zebra, o jogo continua.
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