6 de jul. de 2011

Notinhas do dia 6/7

Richa cede a Fruet?

Parece que a questão vai se encaminhar como pretende o novo Osmar Dias (PDT) da política paranaense. O ex-senador talvez tenha deixado de ganhar a eleição de 2006 e a de 2010 para o governo do Paraná por conta de sua demora em se decidir. O seu substituto no momento é o ex-deputado federal Gustavo Fruet, num chove não molha desde o início deste ano por conta de não tomar ele próprio uma decisão de sair ou não do PSDB. A fila de interessados em sua candidatura é grande, mas nem por isso a pecha de indeciso junto ao eleitor pode pegar e ser explorada pelos seus adversários na campanha para prefeito de Curitiba em 2012. Independente de que saia ou não do PSDB. O fato novo agora é que parece que com a evidente possibilidade de perder o líder das pesquisas de intenção de voto para a prefeitura da capital para um dos partidos interessados, a direção estadual tucana – leia-se o governador Beto Richa – vai ceder e garantir a Fruet que será o candidato do partido. Não terá o apoio ostensivo de Richa, mas segundo o vice-presidente do diretório paranaense, o deputado Valdir Rossoni o governador pode optar por ficar neutro na eleição de 2012. Ou seja, não vai apoiar Fruet publicamente, mas também não o fará com o atual prefeito, Luciano Ducci (PSB), candidato à reeleição e com quem Richa diz ter um acordo de apoio. Neste caso, o compromisso será cumprido pela metade. O que já será bom para Ducci.


A versão

Rossoni garante que Fruet tem cobrado a neutralidade do governador no processo eleitoral, incluindo a campanha. Diz ainda que o ex-deputado reconhece que tem dois candidatos ligados a Richa. Não é bem isso que Fruet tem declarado, ele pede sempre uma posição clara, uma manifestação pública de apoio do governador. Rossoni garante que não é assim.


Decida, homem

Para o vice-presidente tucano, cabe a Fruet agora decidir. “Se  ele entender que deve permanecer no PSDB, terá todas as sinalizações necessárias para ficar público e transparente esse compromisso”, diz, referindo-se à candidatura. Ainda segundo Rossoni, o governador já admitiu essa neutralidade. 


Diretório     

Outra dificuldade estaria contornada também. Rossoni afirmou também nessa semana que os tucanos vão dar a Fruet o comando do PSDB curitibano, presidido atualmente pelo vereador João Cláudio Derosso, presidente da Câmara e que sonha ser o vice de Ducci na disputa do próximo ano.


Fernanda vice

Mas este é o tipo de coisa na política que tem de acontecer para crer. É que existe a possibilidade da esposa de Richa, a primeira dama Fernanda Richa, bem entrosada no meio e admirada pela população carente de Curitiba (a que tem mais votos), vir a ser candidata à vice-prefeita na chapa de Ducci. Seria um páreo duro para Fruet. Se bem que poderia também ser vice do próprio Fruet, mas aí Richa iria romper com Ducci.


Não muda

De imutável apenas é que pela legislação eleitoral, Fruet tem que definir seu destino partidário até o final de setembro, um ano antes da eleição. Mas vai correr o risco de desgastar sua imagem até lá? Osmar Dias, outro interessado no passe do tucano, resume: “O Fruet é bem vindo em qualquer partido. Cabe a ele tomar a sua decisão”.


A trinca

Ainda das eleições municipais: o deputado estadual Waldyr Pugliesi, presidente do PMDB paranaense, confirmou que o partido tem interesse em repetir no ano que vem a aliança de 2010 com o PT e o PDT quando da disputa estadual e nacional. O deputado federal Zeca Dirceu (PT) tinha dito que os dois partidos estariam conversando para tentar chegar a um acordo em torno de coligações para concorrer às prefeituras das principais cidades do Estado.


Barba de molho

Quanto a juntar o PDT na aliança não será fácil se depender de Osmar Dias, ao menos em Curitiba. Gustavo Fruet será bem vindo ao PDT para disputar a prefeitura da capital garante o ex-senador. Mas quanto ao PT e PMDB serem da base de apoio à candidatura de Fruet, Osmar é bem direto: “Espero que não. Eu não rogo essa praga para ninguém”. Ele não perdoa ambos por o terem deixado na mão ano passado.


Diz ele

Mas entre Pugliesi e o presidente estadual do PT, deputado Ênio Verri, já está acertada a realização de uma “radiografia” dos municípios onde os dois partidos poderão fechar aliança para a eleição de prefeitos. Pugliesi diz que outros partidos também procuraram o PMDB com a intenção de fazer aliança. A favor de um acordo com o PT e PDT, ele acha que conta o fato de serem assemelhados, facilitando a articulação.


O bicho pega

Claro que Curitiba será o pomo da discórdia. Só não tem candidato a prefeito o PDT, porque em tese o PMDB dispõe do ex-deputado Rafael Greca (já “lançado” pelo senador Roberto Requião) e no PT dois deputados, o estadual Tadeu Veneri e o federal Dr. Rosinha querem disputar a prefeitura. E, por fora corre Gustavo Fruet, talvez o candidato único da oposição ao prefeito Luciano Ducci (PSB) se sair do PSDB.


Plano A

Os petistas são ambiciosos, pretendem eleger 50 prefeitos na eleição de 2012 no Estado, entre eles, três de grandes municípios, Maringá, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu. Ou seja, neste caso, PMDB e outros aliados teriam de abrir mão de concorrer a essas prefeituras.


Última hora

Na eleição para novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado na terça-feira 5, vencida pelo procurador-geral do Estado Ivan Bonilha, novamente o deputado tucano Nelson Garcia aprontou das suas. Foi no início da sessão especial que haveria a votação que o deputado comunicou ao presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni, que estava desistindo da candidatura ao cargo no TCE.


Outra vez

O deputado Garcia, parece que sem muita idéia de como fazer mídia, pela segunda vez este ano anuncia que é candidato a cargo e disputa importantes e na reta final, acaba desistindo. Ele passou janeiro inteiro deste ano “candidato” a presidente da Assembleia, diz que se oferecendo como opção a Rossoni.


Pois é

Na véspera da eleição, realizada no início de fevereiro, Garcia anunciou a desistência. Disse que não conseguiu apoio suficiente de outros deputados para disputar contra Rossoni. Mas na real, o deputado atendeu mesmo foi a um pedido do governador Richa. E ontem teria sido assim novamente?


Rachado

Falando na eleição para conselheiro do TCE, o presidente estadual do PMDB, deputado Waldyr Pugliesi, que anda muito do desenxavido, disse antes da votação que a bancada não tinha uma posição definida. Admitiu que parte votaria no candidato do governo e outros no deputado Augustinho Zucchi, do PDT. Na hora, oito deles teria votado em Bonilha.


Os potrinhos 

Pugliesi não se conteve. “O partido é um partido. Ele ta rachado. Não é só nesta questão. Eu espero que possamos ter uma caminhada de unidade partidária, agora se não for conseguido isso, sei lá, vamos ver o que acaba acontecendo”, disse ele. Arrematou com sua frase preferida: “A gente só não vê, na maneira de dizer, cavalo voar”. E mais: “Mas tem uns potrinhos aí que já estão com penugem”.


Suplente             
      
Vida de suplente é dura. O petista Elton Welter “perdeu” o mandato por dois dias devido ao retorno relâmpago do deputado licenciado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), secretário de Estado do Trabalho, só para votar no candidato do governo na escolha do conselheiro do Tribunal de Contas.


Na dúvida...

Welter comentou: “Ao que parece, o governo não tem certeza da eleição de seu ‘escolhido’ Ivan Bonilha para o Tribunal de Contas. Se tivesse confiança sobre o apoio da base aliada, não teria chamado de volta o Romanelli. Faço questão de declarar que meu voto seria do deputado Augustinho Zucchi”, provocou. Mas deu o esperado, Bonilha venceu.


As calendas

A escolha do novo conselheiro do TCE pode dar em nada, um daqueles casos que ganha, mas não leva. É que a pendenga judicial continua em torno da própria eleição dessa semana – há quatro ações que a questionam – e a mais importante, a decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal sobre a vaga pertencer ou não ao ex-secretário Maurício Requião.


Represália          
                    
Contra todas as evidências de que o impasse judicial deveria tumultuar a escolha de um substituto de Maurício, tanto o presidente da Assembleia quanto o governador do Estado insistiram em destituir por decreto o irmão de Roberto Requião. O que parece é picuinha com desafeto. (Roseli Valério)
                                           

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