Rossoni apresenta supostos "fantasmas" de seu gabinete

Valdir Rossoni (AEN)

As onze pessoas não ficaram na tribuna de honra do plenário como havia sido prometido, mas foram apresentados ontem para a imprensa, no gabinete da presidência da Assembleia Legislativa, pelo deputado Valdir Rossoni (PSDB). O presidente deixou de apresentar duas das treze pessoas que o Ministério Público Estadual está investigando por suspeita de terem sido funcionários fantasmas de seu gabinete porque um já faleceu e outro enviou um atestado médico, justificando a ausência.  Rossoni optou por fazer a apresentação na presidência, sem fotos nem imagens, para não expor "ainda mais as pessoas, equivocadamente envolvidas nestas acusações”, argumentou.

Rossoni afirmou que decidiu chamar todos seus ex-funcionários investigados pelo MPE “para que não pairem dúvidas e não se lance novas acusações”. Quatro dos supostos "fantasmas" continuam trabalhando para ele ou na administração da Assembleia. O tucano apresentou um a um, citando o período em que estiveram prestando serviço, contratados para cargos em comissão.  O presidente da Assembleia pediu a presença do presidente da Comissão de Ética da Casa, deputado Edson Praczyk (PRB), que perguntou a todos se a informação era verdadeira, o que foi confirmado.

Na apresentação, porém, nem Rossoni e nem os ex-funcionários ou que ainda trabalham na Assembleia, deram detalhes sobre que funções exerciam ou exercem no gabinete do presidente ou na administração. Dois prestaram serviço por pouco tempo: Katiane Andreoli, que ficou no gabinete por dois meses em 2007 e Roberto Costa Curta, por 6 meses, também em 2007. A filha do deputado estava entre os ex funcionários Mariana Rossoni, que disse ter trabalhado na Assembléia entre 2003 e 2006, antes da Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal que proibiu o nepotismo nos órgãos públicos. 

O piloto

Outro ex-funcionário apresentado foi o piloto particular de Rossoni, Marcelo Venâncio de Brito, comissionado em seu gabinete entre 2002 e 2010, quando foi exonerado após denúncia de que o deputado pagava seu piloto particular com dinheiro da Assembleia. O piloto não está sendo investigado pelo MPE, mas o tucano disse que levou-o para lembrar e esclarecer o episódio. Reafirmou o deputado que além de pilotar, Brito também atuava como assessor parlamentar porque o acompanhava em reuniões e eventos. Decidiu demiti-lo em função da repercussão negativa da informação de que era pago pela Assembleia e contratou um piloto particular para suas viagens, reiterou Rossoni.

A lista completa dos ex-funcionários sob investigação é a seguinte: 

Ari Cristiano Nogueira

Ari Valdecir Nogueira

Antônio Brittes

Carla Roberta Silveira

Dulcimara Nogueira

Francisco Gaida Junior

Katiane Andreoli Nhotto

Mariana Mariane Rossoni

Nativo Burgel

Roberto Costa Curta

Sérgio Brun

Sionara Aparecida Pigatto