Eles ainda estão arrumando a casa, mas os prefeitos vão dar uma parada para viajar a Brasília. Decidiram iniciar 2013 bebendo direto na fonte: são esperados os eleitos ou reeleitos em outubro passado nos 5.568 municípios brasileiros. Cerca de 20 mil representantes dessas cidades, entre prefeitos empossados em 1º de janeiro, vice-prefeitos, vereadores e seus assessores, nos dias 28 e 30 de janeiro para participar do “2º Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas - Municípios fortes, Brasil sustentável”. O evento, que teve sua primeira edição em 2009, terá a participação da presidente Dilma Rousseff. A Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República, que coordena o evento, informou que o objetivo do encontro é estabelecer parcerias entre a União e os municípios para promover o crescimento econômico do país com inclusão social, equilíbrio ambiental e participação cidadã. Proposta ambiciosa, como se vê, considerando-se que a previsão para a economia do País para este ano não é animadora. Durante o encontro, o governo federal apresentará aos gestores municipais seus principais programas com impacto na vida dos municípios brasileiros, como o Brasil sem Miséria, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e Política Nacional de Recursos Sólidos e de Saneamento.
VIÉS POLÍTICO
Trata-se de um grande evento político, já que o governo petista vai vender seu peixe diretamente para quem está mais próximo do eleitor, o prefeito, os secretários e vereadores. O discurso oficial é de que a ideia é que os prefeitos possam conhecer melhor os instrumentos que estão disponíveis para cumprir com o plano de governo proposto durante a campanha deles, segundo o comando da SRI.
O OFICIAL
Prefeitos e outros gestores poderão conhecer melhor o que o governo federal dispõe com a oportunidade de contato direto com os ministérios, programas de desenvolvimento social, econômico, ambiental e urbano. No encontro, alguns prefeitos apresentarão casos de boas práticas de seus municípios e de consórcios intermunicipais. Também serão oferecidas oficinas técnicas sobre o sistema de convênios e contratos de repasse.
SEM MEDO...
Está decidido: “A loura”, como é chamada pela presidente Dilma Rousseff, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann é a maior aposta do Palácio do Planalto e do PT para desalojar o PSDB do governo do Paraná e por conta disso, irá ganhar mais visibilidade à frente do ministério que comanda. Desde dezembro passado Gleisi teve sua futura candidatura ao governo turbinada, com maior exposição na mídia ao ser escalada para anunciar medidas importantes do governo.
DE SER FELIZ
Em uma delas, Gleisi detalhou os vetos ao projeto que redistribui os royalties do petróleo e, na véspera do Natal, o novo valor do salário mínimo. Além disso, a ministra virou a estrela dos planos de infraestrutura do governo, conseguiu emplacar o último ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o paranaense Sérgio Luiz Kukina, e firmou seu nome na condução da Casa Civil.
A TIRACOLO
Tem a benção de Dilma, que a liberou para vir ao Estado com mais freqüência. E dia 4 de fevereiro, Gleisi virá ao Paraná, ao lado da própria presidente, quando a ministra desembarca em Cascavel, para anunciar investimentos federais no Estado. Ocorre que o Paraná é um dos últimos focos de resistência ao petismo, admite o comando do partido. Tanto é que Dilma quando era candidata, perdeu aqui para José Serra (PSDB) no segundo turno das eleições de 2010, que fez 55,44% dos votos válidos.
TV’S LARANJAS
Ontem a diretoria de Comunicação da Assembleia Legislativa divulgou nota por conta de matéria publicada no Jornal do Estado, sobre a contratação pela Casa, em novembro de 2012, da empresa Cequipel, por R$ 910 mil, para fornecimento de mobiliário. A mesma empresa foi acusada, em 2007, pelo atual presidente do Legislativo e ex-líder da bancada de oposição na época ao governo Requião, deputado Valdir Rossoni (PSDB), de suposto superfaturamento na venda de 22 mil televisores à Secretaria da Educação.
A EXPLICAÇÃO
Segundo a nota da Assembléia, a licitação realizada pela Casa para a compra e instalação de mobiliário “pautou-se rigorosamente de acordo com a lei, respeitados os termos de edital próprio, e garantiu redução no contrato vigente de mais de 50% aos cofres da Casa”. E “seus procedimentos, sendo estritamente técnicos, não sofreram e nem poderiam sofrer quaisquer tipo de ingerências, fossem elas do presidente do Legislativo ou de qualquer membro da Mesa Executiva”.
A EXPLICAÇÃO 2
No ano passado a Assembléia abriu pregão presencial, sob a modalidade registro de preço, ao limite de até R$ 1,3 milhão. “Apenas uma empresa se interessou pelo pregão presencial em 2012 e apresentou proposta financeira, bem como cumpriu todas as exigências previstas no edital, tornando-se, apta e habilitada ao fornecimento dos equipamentos”, reitera a direção da Casa. A Cequipel ofereceu desconto de 30%.
PARA ENTENDER
Na época da venda dos 22 mil televisores para a Secretaria de Estado da Educação, o titular da pasta era Maurício Requião, irmão do então governador Roberto Requião (PMDB). Foi em dezembro de 2006, que a Cequipel venceu licitação no valor de R$ 18,9 milhões, para fornecer os aparelhos a um custo unitário de R$ 860,00.
DE CAMPANHA
A compra foi decidida 40 dias após o segundo turno da eleição, na qual Roberto Requião foi reeleito para mais quatro anos, sendo que a Cequipel foi a maior doadora individual da campanha de Requião, um total de R$ 645 mil. Em dezembro de 2007, Rossoni, o líder da oposição na Assembleia, acusou o governo Requião de ter superfaturado a aquisição dos televisores em mais de R$ 5 milhões.
MATA A COBRA
Rossoni bateu duro e para provar sua acusação, adquiriu do próprio bolso, pela internet, um televisor com as mesmas especificações dos comprados pela SEED e com a vantagem de ter aparelho de DVD embutido, por R$ 739,00 parcelados em dez vezes, sem juros. “Agora está provado que o preço pago pelo governo do Estado foi superfaturado. Imaginem se fossemos comprar as 22 mil unidades, com pagamento à vista e com a isenção do ICMS? O valor seria ainda menor”, acusava o então líder da oposição.
DA EMPRESA
De sua parte, a Cequipel rechaçou as acusações, garantindo na época que não havia possibilidade de superfaturamento e que os aparelhos vendidos ao governo tinham especificações que não poderiam ser encontradas no mercado, além de possuírem garantia de três anos.
NADA, AINDA
Sobre as doações de campanha a Requião, a Cequipel alegou que apoiava as políticas de isenção fiscal do peemedebista, sendo as doações registradas legalmente na Justiça eleitoral. E até agora, cinco anos depois ainda não foi concluído pelo Ministério Público Estadual o inquérito com base na denúncia de Rossoni de suposto superfaturamento na aquisição das “TVs laranja”, como ficou conhecido o episódio.
CONCURSO PM
As pessoas estão fazendo a inscrição online, mas boa parte não está pagando a taxa. Deve ser por isso que foram prorrogadas as inscrições para o concurso para soldado da Polícia Militar do Paraná. O novo período de inscrições encerrará às 14h desta terça-feira, dia 22/01/2013 e o prazo para pagamento será estendido para às 23h 59 de hoje.
PAGA HOJE
Os interessados deverão realizar inscrição no site www.fafipa.org/concurso e efetuar o pagamento da salgada taxa de inscrição no valor de R$ 85,50. Levantamento parcial apontou que cerca de 110 mil pessoas haviam feito a inscrição, mas apenas 50% destes tinham feito o pagamento da taxa. Este promete ser um dos concursos mais concorridos para a PM paranaense.
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