15 de mar. de 2013

TRAIÇÃO FUTURA ANUNCIADA!

Dizem que o pior cego é aquele que não quer enxergar.
Falam também que tragédia antecipada e sem providências ou alerta é acomodação com determinados interesses.
Ditados e frases de efeito a parte a grande verdade é que estamos iniciando um tempo de preparação para mais uma traição política que tem tudo para se confirmar em breve futuro, sepultando até, quem sabe, uma carreira que poderá ser interrompida pelo imediatismo de resultados.
No Paraná, de repente, o governo Beto Richa transfigurou-se e hoje ninguém mais conhece a administração iniciada sob os auspícios do PSDB, DEM, PPS, PP, e outros, pois o PMDB, PSC, PTB e outros foram tomando conta de um cenário que consulta os interesses da acomodação e do imediatismo.
Uns e outros demoraram para acordar e, mais alguns, inclusive, ainda continuam dormindo esquecidos que os derrotados de ontem se transformaram nos vitoriosos de hoje enquanto aliados vão sendo desprezados ou se contentam em ficar com as sobras.
Pelo guloso apetite de uma bancada que traiu seu principal líder, Roberto Requião, desgostosa só agora com alguma coisa que não recebeu no passado quando este era o governador, Beto Richa vai se deixando dominar por gente estranha a seu estilo inicial de governar, se obrigando inclusive a trazer de volta quem a princípio era seu adversário, tudo com objetivo de garantir-se até quando começar a próxima campanha, a da reeleição, quando certamente muita gente vai pegar novo rumo eleitoral.
Candidato a reeleição, e tendo no retrovisor da corrida que se antecipou desde já nas ruas, Beto Richa alem de Gleisi Hoffmann tem tudo para contar com adversários como Requião ou Pessuti, mais Joel Malucelli que poderá correr por fora, além dos nanicos que mal ou bem ainda beliscam alguma coisa em termos de votos que poderão fazer falta mais adiante.
Por conta de tal situação, quando os aliados oportunistas de hoje podem tomar outros rumos, ou ficar num apoio branco, como aconteceu com Luiz Claudio Romanelli e Alexandre Khury desde a última eleição, Beto Richa, por enquanto vai se sentindo navegar m mares tranqüilos.



Leve-se em conta, ainda, que os aliados da ultima campanha, muitos dos quais foram descartados na euforia de novos companheiros, certamente estarão distantes em 2014 abominando a candidatura da reeleição que a esta altura lhes foi traidora.
ALVARO DE VOLTA




Mas como?
Álvaro Dias não saiu do PSDB...
De fato, não saiu, mas quase.
Diga-se, ainda, que o PV continua lhe acenando para ser a sua nova sigla, oferta que lhe foi feita no momento mais agudo em que sentiu o chão faltar-lhe por conta do abandono do PSDB, o partido do qual foi sempre fiel companheiro.
Hoje, os rumos políticos estão acenando para que Álvaro Dias não se afaste do PSDB, com o próprio Valdir Rossoni, na maior cara de pau, aliviando a barra de uma “briga” que vinha sustentando há algum tempo contra o senador, lutando pela sua vaga em 2014 a senador.
Quase varrido do partido, como se diz, Álvaro Dias, de repente, não mais que de repente, num gesto paranista aproveita ausência de Requião no Senado e abre caminho para a aprovação de um empréstimo do exterior ao Paraná, porta que lhe teria sido aberta novamente para dialogar com o governo Beto Richa do qual se afastou durante a campanha de 2010.
Sentindo que no plano nacional as coisas não estão andando como devia, e preocupado em cuidar dos seus próprios interesses futuros, Álvaro Dias estaria aceitando novamente dialogar com os adversários de ontem e possíveis companheiros de hoje, Beto Richa e Valdir Rossoni, que mandam na sigla em nosso Estado.
Rossoni, que sentiu não ter conseguido até aqui decolar em seu sonho de ser o candidato do PSDB a senador, contentando-se, quem sabe, com uma candidatura a deputado federal porque Brasília virou sua meta, até passou a concordar com Beto Richa e resolveram dar um jeito de trazer Álvaro de volta para o ninho.
Até estariam dispostos, dizem, a lhe oferecerem generoso espaço nos programas que o PSDB terá nas telinhas em Abril vindouro, quando os tucanos estarão aparecendo nas inserções e programa eleitoral partidário que premia todos os partidos com algum tempo na TV, principalmente antes de começar o Jornal Nacional que é a grande alavanca para tais aparições políticas.
E, não duvidem, daqui a pouco, não será surpresa se Álvaro Dias estiver no centro e lado a lado com Beto Richa e Valdir Rossoni, todos sorridentes em busca do voto para 2014.
Política é isso e assim caminha a humanidade.




REQUIÃO E PESSUTI
Orlando Pessuti não aceitou entrar na administração Beto Richa e enrolou o máximo que pode, desgastando o governo Beto Richa que até criou o cenário para alguns zumbis vagarem no espaço político do Paraná durante os dois primeiros meses deste ano.
Pessutão fez o seu jogo particular, criou a figura da “porteira fechada”, e como não conseguiu emplacar o seu gado com a marca Richa anunciou em alto e bom som para a própria bancada do PMDB, que vai lutar, com seu presidente Osmar Serraglio, para que o partido tenha candidato próprio nas eleições de 2014.
Leia-se como candidato próprio, o dito cujo.
Enquanto isso...
Bem, enquanto isso, para não ficar distante do cenário, no qual vem aproveitando todos os espaços que lhe concedem os adversários, Requião anunciou com todas as letras nesta semana que vai disputar a indicação de candidato a governador pelo PMDB em 2014.
O ex-governador chegou a mandar por e-mail uma carta aos integrantes do PMDB e seus simpatizantes e eleitores, confirmando e oferecendo o seu nome como candidato a governador nas próximas eleições, aguardando resposta a esta carta-consulta que colocou em destaque nesta semana.
Claro que para reforçar o seu discurso Roberto Requião aproveitou o ensejo para identificar aquilo que julga como fracasso da administração Beto Richa, ao mesmo tempo em que ressuscita o nome de Cássio Taniguchi, que comandou segundo diz, o desastroso governo Lerner, que foi secretário e cérebro do governo do Arruda no Distrito Federal, cassado por corrupção; e lembrando, inclusive, que Taniguchi é aquele mesmo que foi condenado pela Justiça e só escapou da prisão porque a pena do mesmo prescreveu.
Como insiste em que é preciso ter resposta de seus companheiros para agilizar desde já a futura campanha prá governador em 2014, Requião colocou mais lenha na fogueira das vaidades políticas que dominam o cenário paranaense a esta altura.



E AGORA?
Bem, agora é hora do eleitor paranaense desde já, começar a analisar devidamente a situação, pois a campanha de 2014 já começou, embora uns e outros ainda não queiram enxergar claramente.
A bancada do PMDB, na Assembléia Legislativa, que chegou com muito apetite ao governo Beto Richa, trata de aproveitar enquanto pode, pois em 2014 quando a campanha realmente se definir é que vai dar a ultima palavra.
Nereu Moura, um dos integrantes da bancada, sinalizou que “a turma” pode apoiar a reeleição de Beto Richa e vai trabalhar para isso, pois bateu de frente com Requião em recente passado.
Orlando Pessuti conversou com a bancada nesta ultima semana e disse que vai lutar pela candidatura própria do PMDB, no caso a sua própria candidatura.
E nacionalmente, o que diz o PMDB?
Pelo andar da carruagem, Michel Temer, presidente nacional do partido, e Vice-Presidente da República, de ouvido colado em Rodrigo Rocha Loures, certamente vai defender a candidatura própria ou uma aliança com o PT, com o qual está aliado como vice da Dilma, situação que pretende manter nas próximas eleições.
Como se vê, estamos no rumo claro de uma traição antecipada dentro do governo Beto Richa, justamente com aqueles que chegaram em arrastão, lotearam cargos e posições que hoje dominam como se ainda estivessem no governo Requião, e que certamente vai explodir quando a campanha se definir em 2014.
Até lá, claro, todos continuarão, como dizem os antigos aliados de Beto Richa, “continuarão mamando nas gordas tetas do governo”.

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