PARANÁ NA CPMI
A presença ontem do empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Cachoeira - que decidiu não responder às perguntas dos integrantes da CPMI - serviu para que os três parlamentares paranaenses que fazem parte da comissão, tivessem bons momentos de mídia. Cachoeira foi orientado por seus advogados a dizer que já responde a uma investigação na Justiça e, por isso, se reservava ao direito de ficar calado. O deputado do Paraná, Fernando Francischini (PSDB), delegado da Polícia Federal, aliás, reclamou: "O depoente não pode achar que aqui tem um bando de palhaço", disse.
AH, A IMAGEM
Já o senador paranaense Álvaro Dias, também do PSDB, se disse preocupado com a imagem que os senadores e deputados poderiam passar ao terem suas perguntas ignoradas pelo depoente. Diante disso, concordou com a sugestão de suspender a reunião. "Não imaginamos que imagem estamos passando para a população. Que estamos aqui diante de um marginal, que sai da Papuda [o presídio] para vir para cá e mantém-se com a arrogância dos livres".
BUENO TENTOU
Álvaro complementou: "Não creio que devemos continuar com esse depoimento. Da minha parte, formulei algumas perguntas, mas as reservarei para outra oportunidade. Não farei indagação alguma, porque respostas não há". E o outro deputado do Paraná, Rubens Bueno (PPS), até fez algumas perguntas, que foram respondidas por Cachoeira com a repetida frase: "calado, senhor". Bueno foi o mais irritado, em momento bem aproveitado numa CPMI acompanhada pela imprensa nacional.
AS POSSES
Tomaram posse ontem os novos secretários da Casa Civil, Luiz Eduardo Sebastiani, e da Administração e Previdência, Jorge Sebastião de Bem. Sebastiani substitui o deputado estadual Durval Amaral (DEM), que deixou o secretariado para assumir o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). O novo secretário da Administração, Jorge de Bem, era diretor-geral da pasta.
BOLA CHEIA
Durante a posse, Richa disse que a Casa Civil é a secretaria mais importante do governo pelo seu papel de integração e articulação entre as diversas áreas do Executivo, e que não teve dúvida ao convidar Luiz Eduardo Sebastiani para o cargo. "Sebastiani é uma pessoa humilde, muito educada e que tem toda a capacidade para articular as questões políticas do governo", elogiou o governador.
LONDRINA VETADA
Mantido pelos deputados ontem, por 44 votos, o veto do governador ao projeto que institui a ExpoLondrina como a feira agropecuária oficial do Estado do Paraná. O deputado Plauto Miro (DEM), um dos que votou a favor do veto, explica que "o Paraná possui várias feiras agropecuárias importantes e eleger apenas uma como oficial desprestigiaria as demais".
EM RODÍZIO
Devido a polêmica que se criou em torno do tema, Plauto sugeriu ao governador Beto Richa (PSDB) no mês passado, a instituição de um rodízio anual do evento oficial. O rodízio prestigiaria todas as regiões paranaenses e suas respectivas feiras agropecuárias, dentro do calendário oficial do Estado. Até agora, porém, Richa não se manifestou a respeito.
CERTO ELE
Na justificativa do veto ao projeto o governador o aponta como contrário ao interesse público. Diz que "em que pese a importância da ExpoLondrina", o Paraná tem outras feiras agropecuárias tão importantes quanto ela e, "pode parecer que a medida em que se elege uma única feira como oficial do Estado, todos os esforços serão canalizados para esta única feira". Melhor evitar, até porque Richa é londrinense.
REAJUSTE
Os deputados aprovaram ontem em plenário o reajuste salarial de 5,1% para o funcionalismo público estadual, com impacto mensal de R$ 38,6 milhões na folha do Executivo. O pagamento será retroativo aos salários de maio. Aprovaram também o mesmo percentual de reajuste para os servidores efetivos da Assembleia, cujo impacto financeiro mensal será de R$ 687,3 mil.
QUEIXA
Para votar as duas matérias, os deputados realizaram uma sessão ordinária e três sessões extraordinárias, quando a sessão foi transformada em Comissão Geral de Plenário. Sindicalistas reclamaram do aumento para o funcionalismo do Estado. Afirmam que em 2011 o aumento real foi de 1,2% e, agora, a proposta do governo somente fez reposição das perdas relativas a inflação do período.
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