ELEIÇÕES PT
Começa nesta sexta-feira à noite em Curitiba o pomposo 18º Encontro Municipal sobre Tática Eleitoral e Política de Alianças - Eleições 2012, do PT. Nesse encontro, 300 delegados eleitos no dia 15 de abril vão decidir os rumos do partido na corrida da sucessão municipal na capital.
A CONJUNTURA
O início será com discussão de conjuntura política, sob o comando dos ministros Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann, que também são delegados, além dos parlamentares das bancadas federal e estadual petistas, vereadores do PT de Curitiba e lideranças dos movimentos sociais.
OS 300
O secretário geral do PT Nacional, Elói Pietá, também virá a Curitiba para participar do 18º Encontro Municipal. A abertura hoje está liberada à participação de todos os militantes, filiados, pré-candidatos petistas e demais lideranças comunitárias. Mas a programação a partir de amanhã cedo, será reservada apenas aos 300 delegados, que se concentrarão no debate das duas teses.
SÓ CONFIRMA
A previsão é que as atividades do encontro do PT de Curitiba sejam encerradas por volta das 16h de sábado, com a definição da tese vencedora: se a legenda se coligará no primeiro turno em torno do nome de um candidato de outro partido ou se lançará candidatura própria. Ninguém duvida da vitória da primeira opção, com os petistas apoiando o candidato do PDT, Gustavo Fruet e indicando seu vice.
ISSO MESMO
Sem problemas para os peemedebistas. Aceitaram sim a antecipação da eleição na Assembléia, segundo o líder da bancada, deputado Caito Quintana. Em março o PMDB havia descartado a possibilidade de antecipação da disputa para julho. Caíto afirma, porém, que a bancada condicionou o apoio à realização da eleição para o comando da Assembléia depois do segundo turno das eleições municipais.
ENTÃO TA
Mas o líder peemedebista nega que o acordo com o atual presidente, Valdir Rossoni (PSDB), implique em apoio à reeleição do tucano. "Uma coisa não tem nada a ver com a outra", garante. Até porque, segundo Caíto, até outubro há tempo para montar uma chapa adversária, se for preciso. "Dá tempo para ele consolidar a candidatura, como para montar outra chapa. Espaço para isso existe", faz suspense.
SAÍDA DO ALEMÃO
Ontem foi a despedida das sessões plenárias e atividades do conselheiro Heinz Georg Herwig no Tribunal de Contas do Estado. Está completando 70 anos e sua aposentadoria do órgão é compulsória. Herwig, o "alemão", era conselheiro do TCE desde 2000, nomeado pelo então governador Jaime Lerner, de quem foi secretário dos Transportes.
DE 1º MUNDO
Que despedida, aliás. Muita fina, culta e européia. Heinz Herwig Herwig lançou ontem, no próprio Tribunal de Contas, o livro autobiográfico "O Alemão". Mesmo de saída, fila de políticos pedindo autógrafo, incluindo o governador Richa. São amigos e antes eram do mesmo grupo político. Herwig, aliás, agora poderá voltar à política se o desejar. O próximo que deve se aposentar pela compulsória é Hermas Brandão.
REI MORTO...
Com a aposentadoria de Herwig, é dada a largada à sucessão para sua vaga. Como de praxe, sem muito suspense, um político conhecido e que deve vencer a "eleição" na Assembléia Legislativa, responsável pela indicação do novo conselheiro. A bola da vez é o deputado estadual licenciado Durval Amaral (DEM), atualmente chefe da Casa Civil do governo tucano de Beto Richa. Herwig também foi deputado.
REI POSTO
Durval Amaral não irá voltar para a Assembléia até ser eleito para o TCE. Vai continuar na Casa Civil, até porque da na mesma. Será ele o indicado e depois só terá que renunciar ao mandato para que o governador o nomeie conselheiro. Já parece tudo acertado. A "eleição", conforme a regra, terá de ser em 30 dias, a contar de hoje.
COM O GOVERNO
"Um dos senadores mais discretos da atual legislatura". Esta é avaliação do senador paranaense Sergio Souza (PMDB), que foi indicado pelo partido para compor a CPI Mista do Cachoeira, no Congresso. Seu voto na CPI é considerado certo em favor do governo considerando a relação de proximidade entre a senadora titular e a presidenta Dilma. Para lembrar: Sérgio Souza é suplente da ministra Gleisi.
O TIME
Tudo resolvido quanto aos nomes, o Paraná entrou nessa polêmica CPI com cinco parlamentares: os senadores Álvaro Dias (PSDB) e o citado Sergio Souza, os deputados federais Fernando Francischini (PSDB) e Rubens Bueno (PPS) e mais o federal Dr. Rosinha (PT), indicado como suplente.
ATÉ ALIADOS
Vereadores de Londrina aprovaram ontem a abertura de uma Comissão Processante (CP) para investigar o prefeito Barbosa Neto, do PDT. Após a CP, o prefeito pode chegar a ser processado por improbidade administrativa. A investigação foi aberta após denúncias de que seguranças terceirizados, que foram contratados para atuar na administração municipal, trabalhavam dentro da rádio da família de Barbosa. 18 dos 19 vereadores votaram a favor da abertura da CP, incluindo, portanto, a base aliada do prefeito.
VAI MAL
Com base no relatório de uma Comissão Especial de Inquérito que apontou os indícios de irregularidades é que foi pedida a CP. Conforme a CPI, Barbosa Neto teria sido negligente na administração e fiscalização do contrato com a empresa de segurança. O prefeito corre o risco agora de ter seu mandato cassado. A Câmara de Londrina terá 90 dias para apresentar todos os relatórios e vota-los em plenário.
OAB E A CÂMARA
Novamente a OAB Paraná se manifesta sobre as denúncias de irregularidades na Câmara Municipal de Curitiba, com base nas "novidades" dessa semana. Em nota a diretoria da entidade diz que coerente com seus princípios de exigir ética e transparência nas questões que envolvem dinheiro público, demonstra indignação em relação às denúncias atribuídas à gestão anterior da Câmara, "exigindo imediata apuração de eventuais ilegalidades cometidas com exemplar punição dos envolvidos".
O 'CÂNCER'
Na mesma nota a OAB aponta que há dois anos, a apuração de denúncias semelhantes na Assembleia Legislativa do Paraná "resultou em medidas salutares de transparência, com consequente economia para o erário". As denúncias referentes à Câmara Municipal devem ser igualmente investigadas, "única maneira de afastarmos da administração pública o câncer da corrupção e seus efeitos devastadores", conclui a Ordem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário