Ivan Rodrigues terá que se contentar com a queima de fogos da televisão... |
Prefeitura pretendia gastar R$ 800 mil com foguetório em 2012, superando em 400% os gastos do Governo do Estado
Diante da péssima repercussão da notícia de que a Administração Municipal estava contratando uma empresa para a “realização de shows pirotécnicos e piromusicais”, no montante de R$ 795.550 (sujeito a reajuste, e assim podendo ultrapassar R$ 1 milhão), o prefeito Ivan Rodrigues (PSD) foi forçado a recuar, ordenando às pressas o cancelamento da mais nova patacoada com recursos públicos.
Quem apareceu para dar as explicações, de que “a compra não estava acertada, tratando-se apenas de registro de preços, para aquisição ou não dos produtos”, foi o chamado “primeiro cunhado” do prefeito, Carlos Figueiredo Borges, funcionário de carreira do Incra, hoje acomodado na estratégica “Secretaria de Licitações”, depois de passar pelas secretarias de Planejamento e de Administração.
Por sua vez, a Secretaria de Comunicação Social soltou uma “nota” que é um primor de imaginação: “O prefeito ordenou a suspensão por entender que a compra não é prioridade no momento (...) Os fogos seriam utilizados para as festas do município durante todo o ano de 2012 (...) A decisão condiz com a política do prefeito de valorizar áreas prioritárias para a população, como saúde, educação, obras públicas, segurança pública e outras, e reduzir os gastos em festas e eventos".
Desde que o assunto “vazou”, não se falou de outra coisa na cidade: logo agora que vem faltando de tudo nos postos de saúde, com o Hospital São José à beira da desmoralização completa perante a população, vem a Prefeitura empenhar quase R$ 800 mil para torrar com fogos de artifício em 2012, ano de eleições municipais, sendo que o atual prefeito Ivan Rodrigues é candidato à reeleição.
Para se ter uma ideia do absurdo desse foguetório, repudiado pela opinião pública antes mesmo de explodir o primeiro traque, basta dizer que o Governo do Estado prevê gasto máximo de R$ 150 mil com fogos nas inaugurações de obras e eventos festivos estaduais durante todo o ano de 2012.
Contudo, sem se dar por achado, vem o prefeito proclamar que cancelou a pirotecnia porque se preocupa com saúde, educação, blábláblá, como se não tivesse passado, “sem licitação”, mais de R$ 140 milhões a cooperativas de saúde fajutas, que desaparecerem sem que nunca tivessem aparecido.
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