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Eleito "conselheiro" do Comesp, Ivan Rodrigues fez enfadonho discurso |
No auge da pior fase da saúde pública em São José dos Pinhais, em que falta de tudo nos hospitais, até gaze e esparadrapo, papel higiênico e sabão, de tal modo que o atendimento hospitalar é considerado “uma bagunça” por pacientes e seus familiares, o prefeito Ivan Rodrigues conseguiu a proeza de se eleger “conselheiro” do desconhecido “Consórcio Metropolitano de Saúde do Paraná – Comesp, que existe desde 2005, esteve parado por quatro anos, mas agora vai dinamizar os serviços médicos dos 29 municípios da Região Metropolitana de Curitiba”, conforme noticiou a Prefeitura.
“Acreditamos que o Comesp pode vingar, auxiliando os municípios e principalmente facilitando o atendimento à população”, afirmou o prefeito Ivan Rodrigues, prometendo repassar “entre R$ 0,80 a R$ 1 por mês por cada habitante” a essa nova “entidade” que, nas suas próprias palavras, “pode vingar”.
“Quanto mais dinheiro repassar ao Comesp, mais oferta o município terá”, acrescenta a nota da Prefeitura, sem explicitar se tal “oferta” é de remédio, consulta médica ou internamento, ou seja, trata-se de algo misterioso que viria substituir as “cooperativas” que, sem licitação, faturaram mais de R$ 140 milhões dos cofres públicos municipais, e sumiram da cidade deixando para trás a bagaceira.
Noutras palavras, desde este mês de dezembro, a Prefeitura vai “doar” mensalmente algo em torno de R$ 300 mil ao “ressuscitado” Comesp. Para isso, o prefeito Ivan Rodrigues não fez qualquer consulta à população, e não se deu sequer ao trabalho de comentar o assunto com os vereadores. Agindo como se fosse realmente “dono” do dinheiro do povo de São José dos Pinhais, ele agora decidiu ajudar o Comesp com a bagatela de R$ 3.900.000 (três milhões e novecentos mil reais), contando-se as 13 contribuições possíveis até o fim do seu vexatório mandato, no dia 31 de dezembro de 2012.
Não se sabe de nenhum vereador, nem mesmo “Bira do Banco” ou o sempre ativo Onildo, ambos do PT, que tenha levantado a voz para protestar. No que os nobres edis estão certos: se nunca piaram contra o festival de dinheiro envolvendo as “cooperativas de saúde” e a Risotolândia, como poderiam se incomodar com a “merreca” de 300 mil mensais entregue de mão beijada a esse tal Comesp? (Foto - Rose Nienkötter)
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