17 de nov. de 2011

O PLÁ: Amigos e amigos

Desculpem por usar deste espaço para uma manifestação de carinho e solidariedade com um amigo de fé, meu irmão camarada, como diria o Roberto Carlos, cuja existência tem sido marcada nos últimos tempos por uma peregrinação constante de casa para o hospital e do hospital para casa, num vai-e-vem que se torna suportável por causa das orações da família e dos amigos.

Foi pensando neste companheiro que resolvi deixar registrada uma mensagem que tenho a certeza, pode servir para outras pessoas, gente que nem conhecemos, mas as quais devemos amar seguindo a lição de Cristo com o mandamento maior, “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.

Amou, e certamente ainda nos ama dando graças e forças para que cada um cumpra sua missão terrena, tempo apenas de transição, pois a vida é apenas uma passagem, porta aberta para um mundo melhor onde não haverá doenças, lágrimas nem problemas, tudo substituído pelas graças de Deus que nos levará de volta ao Paraíso.

Com essa confiança, independente da religião que cada um siga, foi que resolvemos dedicar esta mensagem ao companheiro e irmão de fé, Paschoal Schimaburo.

Falando ao telefone com ele tive a oportunidade de transmitir há poucos dias uma mensagem de fé e bom ânimo, esperando que ela ajude um companheiro que a esta altura, com dificuldades até de enxergar totalmente, vendo apenas os vultos, fez questão de telefonar, esquecendo suas dores, para cumprimentar-me pelo aniversário.

F oi um momento tocante, que muito me sensibilizou e que levou a esta decisão de pedir publicamente orações pela sua pronta recuperação de saúde.

Paschoal Schimaburo e sua querida Gildinha, a esposa devotada e mãe de família exemplar, estão vivendo um drama parecido com o de muitos, atingidos pelo diabetes, doença silenciosa que vai minando o organismo da pessoa a ponto de levá-la, muitas vezes, a situações irreversíveis em que somente um transplante de órgãos consegue salvá-la.

Falo isso com conhecimento de causa, pois este 2011 que está chegando ao final deu para todos os integrantes da minha família momentos da mais intensa preocupação na tentativa de salvar o Jorge André, meu genro, esposo da Fabíola e pai do Pedrinho, tesouros que aqueles que os conhecem entendem muito bem o nosso extremado amor para com os mesmos.

Jorge André passou por um transplante duplo, rim e pâncreas, e viveu durante quase seis meses uma história de vida da qual participamos quase que diariamente, com idas e vindas entre o Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, e o Hospital Santa Cruz, aqui no Batel, buscando de todas as formas vencer obstáculos que iam da preocupação com uma infecção generalizada até a rejeição dos órgãos transplantadas, exigindo para isso que o corpo debilitado deste familiar e companheiro fosse cada vez mais ficando comprometido.

Sei que não é um drama maior que outros que vivem situação semelhante e muitas vezes até piores, mas uso desses exemplos por que no pedido de orações para o Pascoal Schimaburo, que fiz desde o princípio desta mensagem, está realmente o maior e melhor medicamento que podemos dar ao nosso semelhante nestes momentos em que alguém passa por situações parecidas.


É nesta hora, inclusive, que surgem anjos que parecem ter sido enviados especialmente do céu para dar aquela força extra que se faz necessária em momentos onde tudo parecer já estar desabando para um resultado final.

E o anjo do Jorge foi um médico que além do cumprimento profissional mostrou-se um ser humano que merece a maior consideração e recomendação nas horas mais difíceis em que a saúde do corpo e até da alma precisam de cuidados.

Dr. Matheus Macri, o médico de que falamos, tem outros parecidos, certamente, que cumprem o juramento de servir que fazem ao receberem este título profissional, não foi apenas o responsável para ministrar medicamentos, dar receitas e conduzir situações que o Jorge André enfrentou, mas que tinha sempre uma palavra amiga e mensagem espiritual que chegada no momento exato e para pessoa certa.

Quando falo em orações, pedindo por um amigo como o Paschoal Schimaburo que dentro de uns trinta dias deve se submeter a uma cirurgia para recuperar a visão, enquanto estará tratando com diálise e hemodiálise de uma diabete que continua sendo tortura para ele e família, é justamente porque sou testemunha dessa força na vida de cada um de nós embora muitas vezes desprezemos ou até sejamos capazes de esquecer Deus em sua infinita bondade, dando sempre os meios para buscarmos o medicamento mais eficaz quanto às dores humanas pelas quais passamos diariamente.

Com anjos como o Dr. Matheus Macri, para quem o Jorge André e toda a nossa família fazem orações diárias pedindo a Deus pela sua saúde e de sua família e exercício profissional seguro, temos a certeza de que a vida de muita gente tem tudo para se tornar melhor.

Desculpem, mais uma vez, por passar para o papel uma mensagem que contraria totalmente tudo aquilo que semanalmente comentamos neste espaço, dedicado principalmente à política, a economia e aos assuntos gerais, esquecendo justamente de momentos como esse em que devemos nos voltar para nós mesmos e para aqueles que nos rodeiam.

Renovando o pedido pelo Paschoal Schimaburo e a Gildinha, em cujas figuras encontrei motivo para tirar do coração esta mensagem de esperança, fico a lembrar meu amigo muito especial, dom Pedro Fedalto, o arcebispo emérito, e que em recente reunião com minha família e amigos dizia que precisamos ser como o pinheiro, cheio de espinhos mas sempre verde de esperança.

Reze, e reze sempre, pois esta é, indiscutivelmente, a melhor forma de pedir e agradecer a Deus pela nossa existência. (Luiz Fernando Fedeger)

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