A partir desta sexta-feira, dia 7 de outubro, começa a contagem regressiva para a eleição em 2012, quando os municípios brasileiros escolherão novos prefeitos e vereadores.
Até a data limite para o enquadramento de todos os partidos em relação às forças vivas com que contarão nas próximas eleições em termos de filiados, dos quais sairão os candidatos, uma corrida mais uma vez interessante se fez observar, com os verdadeiros reflexos se fazendo sentir mais adiante quando baixar a poeira.
Por enquanto o entusiasmo de uns e outros quanto a novas filiações e as mudanças provocadas por este fim de prazo, alimentando o noticiário que vai cedendo espaços cada vez maiores para registrar o entusiasmo partidário em relação a algumas candidaturas que, colocadas à mesa antecipadamente, precisam justificar suas reais possibilidades.
Balões de ensaio vão subir até as convenções no próximo ano, quando os partidos definem suas chapas, acertam os detalhes de candidatura própria ou na forma de aliança, e buscam montar o quadro que mais lhes interessa com vistas à sucessão municipal.
De todos os partidos, numa primeira observação, o PMDB é aquele que mais precisa correr atrás do prejuízo em termos municipais, pois depois de desfrutar cômoda situação de maior bancada na Câmara Municipal de Curitiba, chegou a ficar sem representantes, e hoje tenta conquistar melhores índices de popularidade como acontecia no passado.
Na luta por melhores posições entre os quadros partidários, o PSDB, por conta de ser governo do estado e pela influência clara em relação às eleições municipais em Curitiba e nas principais cidades paranaenses, é o partido que tem hoje a situação mais confortável para desfrutar desse tempo adiante até as convenções municipais, quando decidirá por uma candidatura a vice, já que os tucanos confirmaram antecipadamente que apóiam a reeleição de Luciano Ducci (PSB) ou simplesmente ficarão satisfeitos com uma boa chapa de candidatos a vereadores e somando em grande aliança ao ceder o complemento de uma dobradinha para outro partido, o DEM ou até o PSD, como vem sendo desde já muito falado.
O PDT, por seu turno, é a bola da vez segundo alguns pelo fato de que trouxe para suas fileiras o nome forte de Gustavo Fruet, capaz de arrastar outros partidos numa forte aliança para 2012, mas tudo dependendo de uma costura política bem feita e que muitas vezes não traz os resultados esperados e imaginados um ano antes das eleições.
Neste quadro o PSC de Ratinho Júnior é outro que tratou nestes últimos dias de arregimentar novos representantes, buscando com isso alimentar o sonho de sua principal liderança, o deputado federal que já anunciou ser pré-candidato à Prefeitura de Curitiba, afirmando com todas as letras que não tem vocação para vice.
O PT, que ensaiou entre seus próprios filiados ocupar o cenário político anunciando uma candidatura própria para 2012, batendo de frente com destacadas lideranças que arrastam as asas para o lado de Gustavo Fruet numa aliança que anteciparam com entusiasmo há muito tempo, vai hoje aguardando o andar da carruagem, mas deixando nas entrelinhas que os balões de ensaio de Ângelo Vanhoni, Tadeu Veneri e Dr. Rosinha dificilmente passarão do primeiro estágio na tentativa de chegar a nuvens políticas mais favoráveis.
O PV tem os deputados estaduais Rasca Rodrigues e Roberto Aciolli entusiasmados, mas sabe que se concorrer a prefeito será apenas para marcar presença e tentar uma bancada expressiva de vereadores, o mesmo ocorrendo com o PPS de Rubens Bueno, que ensaiou o balão da vereadora Renata Bueno, mas quando viu que este não subia passou a se conformar com uma vice e apoiando a reeleição de Luciano Ducci.
O PTB em termos municipais não mostra maior projeção e tudo indica que vai de aliança em 2012, enquanto o PSD, recém criado, é a novidade e a possibilidade de se transformar em surpresa na hora de definir seu rumo com vistas às próximas eleições municipais.
Enquanto Gustavo Fruet e Ratinho Júnior mostram, desde já, que pretendem embolar o meio de campo da sucessão municipal, Luciano Ducci convive com situação confortável e que sem atropelos deve apenas aguardar a hora certa para entrar numa campanha direta pela reeleição, evitando o desgaste antecipado e as explorações políticas que prometem na próxima campanha se transformar nos instrumentos mais ácidos de uma disputa pela Prefeitura Municipal de Curitiba e uma boa chapa de candidatos a vereadores.
A contagem regressiva para 2012 começa realmente nesta sexta-feira dia, 7 de outubro, e daqui para a frente todo cuidado é pouco pois os erros de estratégia podem comprometer todo um sonho de conquistar não apenas a Prefeitura de Curitiba, mas uma bancada de vereadores que seja a mais expressiva. (Luiz Fernando Fedeger)
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