A prorrogação do prazo para a conclusão da CPI dos Portos de Paranaguá e Antonina por mais 60 dias foi aprovada por unanimidade na terça-feira (13), durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa. O deputado Douglas Fabrício (PPS), presidente da Comissão justificou o pedido citando “a complexidade da matéria objeto da CPI”.
Segundo Douglas Fabrício, uma questão que exige a ampliação do prazo é a “judicialidade concomitante em que são tratadas as fraudes no Porto de Paranaguá, o que obrigou a CPI a aguardar por longo prazo a análise de pedido de extensão de sigilo judicial, e a remessa de documentos pela Polícia Federal e pelo Ministério Público”. Douglas destacou ainda o grande volume de documentos recebidos que estão sendo averiguados, associado à necessidade de diligências e reuniões com diversos órgãos públicos, como fatores que exigiram especial atenção da Comissão nesta fase inicial.
“Isto demandou longo tempo de análise, antes que a Comissão pudesse iniciar a fase de oitivas. Assim, para que possamos prestar um bom serviço à população paranaense necessitamos a prorrogação do prazo para conclusão e relatoria”, sublinhou. A CPI dos Portos de Paranaguá e Antonina foi instalada no último dia 6 de junho.
Justiça anula provas da Operação Dallas
O Tribunal Regional Federal concedeu habeas corpus e anulou todos os registros telefônicos e de e-mail usados como provas da Operação Dallas, que investiga irregularidades no Porto de Paranaguá. No entendimento do TRF, o juiz responsável pelo caso em Paranaguá não era capacitado e deveria ter recorrido a uma vara especializada.
Sobre a decisão da Justiça, o deputado Douglas Fabrício disse que ela não atrapalha as investigações. “As informações que obtivemos da Operação Dallas eram de apenas uma parte dos trabalhos da CPI e se precisarmos de informações, vamos chamar os envolvidos para que esclareçam publicamente”, afirmou. E destacou que a CPI descobriu os R$ 400 milhões em ações trabalhistas e contratos de licitação duvidosos no Porto de Paranaguá, que a Operação Dallas não chegou a investigar. (Com informações da Assessoria do deputado Douglas Fabrício e Roseli Valério)
Nenhum comentário:
Postar um comentário