5 de abr. de 2016

Arrogante, Gleisi diz estar “acima da PF” para contestar indiciamento por corrupção passiva

*Ucho Haddad*//A megalomania da senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) atingiu novo
patamar. Para questionar seu indiciamento (e de seu marido, o ex-ministro
Paulo Bernardo da Silva) por corrupção, a senadora disse que “a autoridade
policial não dispõe de amplos e ilimitados poderes, a ponto de lhe ser
permitido indiciar um parlamentar federal, sem com isso usurpar a
competência do STF”. Gleisi simplesmente ignorou, durante discurso na
tribuna do Senado, que seu indiciamento foi autorizado pelo Supremo
Tribunal Federal.

Jogando para a plateia, a senadora posou de vítima e afirmou ter protocolado na segunda-feira (4) uma reclamação no STF contra o seu indiciamento e do marido, no âmbito da Operação Lava-Jato.De acordo com a senadora, o indiciamento promovido pela Polícia Federal (PF) é inconstitucional e excessivo, além de extrapolar os deveres funcionais da corporação. O pronunciamento, transmitido pela TV Senado, foi
produzido sob medida para tentar justificar o vexame que surgiu a partir do seu indiciamento. Também serviu para evidenciar, mais uma vez, a acintosa prepotência da senadora, que acredita ser o Estado uma propriedade do PT,partido que já foi comparado a uma organizaçao criminosa.
“A autoridade policial não dispõe de amplos e ilimitados poderes, a ponto
de lhe ser permitido indiciar um parlamentar federal, sem com isso usurpar
a competência do STF”, disse aos parlamentares. Contudo, seus pares no
Parlamento sabem o que está a acontecer com Gleisi: os vagarosos braços da
lei estão começando a alcançá-la.
Continuando o teatro da prepotência, Gleisi afirmou que enviou uma
representação ao atual ministro da Justiça, Eugênio de Aragão, para que
sejam apuradas as razões que levaram a Polícia Federal ao indiciamento.
“Vou continuar minha defesa e provar inocência, sempre confiando na Justiça
e na política como meios de garantir direitos e melhorar o convívio
social”, afirmou em plenário.
Gleisi e Paulo Bernardo foram indiciados pela PF na última quinta-feira
(31) por corrupção passiva no escopo da Lava-Jato, operação que desmontou o
maior esquema de corrupção da História, do qual a petista se beneficiou
financeiramente, segundo relatos dos delatores. De acordo com a
investigação, a senadora teria recebido R$ 1 milhão em espécie para sua
campanha ao Senado em 2010, fruto de desvios de recursos da Petrobras.
Ainda de acordo com a PF, o ex-ministro Paulo Bernardo teria solicitado a
quantia ao doleiro Alberto Youssef ou ao ex-diretor de Abastecimento da
Petrobras, Paulo Roberto Costa.
Para piorar ainda mais a ópera bufa que protagonizou no plenário do Senado,
Gleisi disse não conhecer Youssef e Costa. Apenas a título de
esclarecimento, o doleiro da Lava-Jato, em tempos outros, lavou dinheiro da
campanha de Paulo Bernardo, a pedido do ex-petista André Vargas, preso em
Curitiba por ordem do juiz Sérgio Moro.

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