6 de dez. de 2013

PROBLEMÁTICA DO TRIBUNAL DE CONTAS AINDA CONTINUA MOTIVANDO ATENÇÕES

Tudo começou quando, de repente, motivaram discussões sobre as maneiras como se comportavam os deputados da Assembléia Legislativa que, usando suas prerrogativas, passaram a transformar em verdadeiro deboche a escolha de novos conselheiros do Tribunal de Contas do Paraná;
Apêndice do Legislativo, esta corte virou de repente um cabide apenas político, gerando especulações a escolha de políticos e não técnicos para ocuparem os cargos de conselheiro no TC do Paraná.


A escolha de Mauricio Requião, irmão do então governador Roberto Requião detonou as discussões pela forma explícita em que o tráfico de influência foi instrumento utilizado para tal procedimento, seguindo com um atropelada do governo Beto Richa, influenciado por Valdir Rossoni, que desembarcou o adversário do PMBD e abriu uma brecha polêmica para colocar Ivan Bonilha, afilhado do novo governador, na vaga requianista.
Tudo pareceu calmo por algum tempo, embora na Justiça Mauricio Requião mantivesse sua luta para recuperar o cargo.
Abrindo=se uma nova vaga com a aposentadoria de Hermas Brandão, a Assembléia usou mais uma vez de sua disposição para eleger sucessor como conselheiro, gerando no Centro Cívico uma verdadeira guerra na qual se empenharam os Três Poderes, unidos para fazer do tráfico de influência motivo para a nova eleição.
Episódios marcaram esta nova escolha, gerandu suspeitas, até, de verdadeiras negociatas que confundiram os interesses dos Três Poderes, tendo o Judiciário, principalmente, sido envolvido pela disposição do pai, desembargador Clayton Camargo, em fazer conselheiro do TC, a qualquer custo, seu filho o deputado Fabio Camargo.
Mais de quarenta candidatos, tendo deputados concorrentes à citada, partiram para uma disputa desigual que gerou conflitos e as suspeitas de pressões do TJ em cima do Poder Legislativo, conforme mais tarde confirmou o deputado Elton Welter, numa situação polêmica e que a esta altura já havia chegado ao CNJ-Conselho Nacional de Justiça, de olho na forma prepotente com que vinha sendo conduzido o Poder Judiciário no Paraná.
Não faltou, inclusive, episódio vexatório e lamentável do presidente do TJ, desembargador Clayton Camargo, num daqueles rompantes característicos, mandar um repórter perguntar a sua mãe quanto a uma resposta que havia sido indagada.
A esta altura a Assembleia Legislativa, leia-se Valdir Rossoni & Cia, já estavam no colo do TJ, como diziam francamente, arrastando também o governo do Paraná numa ridícula situação de recursos judiciais que não deram certo de serem envolvidos na negociata para tornar realidade o cargo de conselheiro para o filho do desembargador Clayton Camargo.
E veio a eleição, polêmica em todos os sentidos, a ponto de Valdir Rossoni por sua conta decretar e promover em poucos instantes o resultado e a confirmação de eleição do deputado Fabio Camargo, mesmo que na contagem de votos houvesse polêmica e a necessidade de um segundo turno entre dois deputados.
Definida a escolha a toque de caixa foi promovida a posse o mais rápido possível a fim de evitar maiores especulações, gerando tal ato mais controvérsia pela forma prepotente com que se comportaram pai e filho deixando no ar a imagem de que o Paraná não contava apenas com autoridades, mas com alguns “donos”do Poder em determinadas áreas.
A esta altura, porém, o CNJ-Conselho Nacional de Justiça, já estava de olho não apenas nesta, mas em outras situações que envolviam o presidente do TJ e seu filho que foi instrumento de manobra para ocupar um cargo vitalício no TC.
Max Schrappe, candidato a disputada vaga de conselheiro, recorreu da decisão atropelada pelos Poderes Legislativo e Judiciário, com aval do Poder Executivo, e apelou a Justiça buscando recurso e apontando uma série de irregularidades durante este processo.
Mais do que complicado, a esta altura, o Poder Judiciário foi novamente envolvido e a desembargadora Regina Portes depois de examinar mandado de segurança com pedido liminar de Max Schrappe através seus advogados, decidiu pelo desembarque de Fabio Camargo do cargo que já vinha ocupando no TC e transformando toda a celeuma em mais um capitulo complicador do imbróglio.
Enquanto isso, continuava a tramitação de recurso do ex-conselheiro Mauricio Requião, hoje em mãos do desembargador Antonio Loyola Vieira, através do qual pretende o irmão do ex-governador Requião recuperar a sua vaga e pedindo a anulação do ato que deu sua vaga para Ivan Bonilha naquilo que considera um verdadeiro passe de mágica política.
A esta altura nada mais surpreende o público, inclusive o comportamento de Valdir Rossoni que mudou a linguagem anterior quando defendeu a eleição de Fabio Camargo e na atualidade quando o mesmo já desembarcou daquele cargo embora aguarde julgamento do mérito e mantendo limitadas esperanças de uma reviravolta.
O CNJ, enquanto isso, continua de olho no Paraná, inclusive no comportamento da Assembléia Legislativa onde, além do presidente, o comportamento de deputados encarregados da comissão que examinou documentação dos candidatos a conselheiro do TC nesta ultima empreitada, foi bastante suspeito.
Uma situação,aliás, conforme denuncias tardias mas ainda reveladoras, de que naquela recente disputa, como dizemos sempre, tinha, de fato, linguiça embaixo da farofa.
E agora ?
Final de ano chegando e, como sempre, as coisas vão sempre sendo adiadas para mais tarde, deixando de complicar ainda mais quando Natal e Ano Novo precisam ser comemorados condignamente por todos, inclusive aqueles que causam tantas confusões.

Na expectativa de uma decisão em relação ao recurso de Mauricio Requião, o assunto conselheiro do TC adia-se até nova decisão, se é que não foi e nem o será tomada nestas próximas horas, arrastando matérias de tal porte para depois das festas de final e inicio de novo ano quando certamente a polêmica situação voltará às manchetes.

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