Esta é a pergunta que
passou a povoar o universo da sucessão política para o governo paranaense em
2014, diante de uma situação que abalou os alicerces de uma candidatura dada
como certa por parte do PT.
O escândalo envolvendo
o ex-prefeito de Realeza, Eduardo Gaievski, assessor direto da ministra Gleisi
Hoffmann, chefe da Casa Civil do governo Dilma Rousseff, pegou na veia.
Preso, o ex-assessor
da candidata do PT à governadora para as próximas eleições, situação que o
colocava, inclusive, como coordenador de campanha, manchou de vez a imagem
política da ministra candidata que a esta altura, segundo comentários que vem
desde Brasília, estaria plenamente inclinada a jogar a toalha e tentar manter-se
como senadora da República, já que sua saída do cargo ministerial já é cantada
em prosa e verso para se tornar realidade em janeiro de 2014.
No Paraná, a tentativa
de defender, ainda, a manutenção da candidatura de Gleisi Hoffmann passou por
uma série de análises nos últimos dias e inclinou para a recomendação de uns e
outros que de que ela deve mesmo abandonar este sonho em troca da manutenção do
cargo de senadora, deixando que baixe a poeira que pode prejudicar, também, os
candidatos a deputados, federais e estaduais do PT, por conta da extensão desse
escândalo.
Embora entusiastas da
candidatura de Gleisi, como a ex-vereadora Roseli Isidoro, conhecida no próprio
PT como Roseli da Pá Virada, defendam que a candidatura da sua preferida seja
mantida e se evite as explorações políticas geradas por conta daquele
"Escândalo das Menininhas", como já foi apelidado, a verdade é que de
Realeza para o restante do Estado espalhou-se uma imagem negativa que não tem
volta.
Eduardo Gaievski,
preso em Curitiba, bem que tentou através de habeas corpus sair da cadeia, mas
a situação é lamentável e teve negado este pedido, ainda mais que ficou
foragido, inclusive com tentativa de fuga para o Paraguai, situação que
complicou ainda mais sua imagem e respingou na sua madrinha política, a ministra
Gleisi Hoffmann.
De Brasília, depois da
volta de Gleisi da China, onde se encontrava quando explodiu o escândalo, os comentários
chegaram ao Paraná nos últimos dias dando conta de que lideranças nacionais já
recomendaram que a mesma esqueça uma campanha para governadora em 2014, pois
este fato escandaloso será inevitavelmente carro chefe da propaganda contrária
à mesma.
O chamado
"Escândalo das Menininhas", causou danos no próprio humor da ministra
Gleisi que não aguenta mais responder perguntas a respeito do seu assessor e ex-coordenador
de campanha que se preparava, inclusive, para ser candidato a deputado estadual
quando se revelaram os fatos escandalosos de sua atuação com a exploração de
menores.
Paulo Bernardo, ministro
das Comunicações, tem sido o ombro amigo da companheira atingida por esta situação,
já que a mesma antes de nariz sempre empinado baixou a crista, como dizem, e
hoje humilde tenta fugir da repercussão negativa que colou em sua imagem como
aspirante ao governo paranaense.
Embora o companheiro
venha lhe dando todo o apoio, já sentiu que a situação é muito difícil de ser
contornada e atingiu também a chance de ele próprio substituir Gleisi em eventual
indicação para candidato a governador, pois a mancha negativa colou também no
Casal 20 como era mais conhecida a dupla ministerial paranaense.
Gleisi vai jogar a
toalha?
Uma pergunta que
somente a própria pode responder com segurança, mas ainda é cedo para que isto
aconteça, sendo abominada por todos no PT paranaense que ainda alimentam a
possibilidade de fugir desta imagem negativa que continua repercutindo.
Para Beto Richa,
candidato a reeleição, o "Escândalo das Menininhas", caiu como uma
luva e justamente no momento em que o mesmo sentia os índices de popularidade serem
abalados pelas pesquisas que continuamente mostravam o crescimento do nome da
ministra paranaense como sua principal concorrente às eleições de 2014.
Da mesma forma,
Roberto Requião, que alimenta o sonho de voltar a ser candidato a governador em
2014, passou a esboçar sorriso mais amplo, inclusive admitindo no particular que
poderá, em face de situação, ficar com as sobras do escândalo, isto é, puxar
para seu lado o PT que ficou órfão, segundo avaliação de alguns requianistas,
em termos de candidatura contra Beto Richa.
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