24 de out. de 2012

VELHO OESTE
Clima de tensão na disputa em segundo turno pela prefeitura de Cascavel, mas somente a bancada petista repercutiu os ataques feitos anteontem, domingo, à equipe do candidato a prefeito de Cascavel, o deputado estadual do PT, Professor Lemos, que teve dois carros alvejados por balas, e que segundo a polícia teriam partido de armas de integrantes da campanha adversária. No caso, do candidato Edgar Bueno (PDT), que tenta a reeleição. Ainda no domingo, cabos eleitorais foram presos em flagrante por distribuição de panfletos apócrifos contra o candidato do PT. Entre eles, foi detido o chefe de gabinete do deputado estadual Adelino Ribeiro (PSL), Nivaldo Missio. Todos foram encaminhados para a Polícia Federal de Cascavel. A polícia lavrou boletins de ocorrência e efetuou as prisões. “É lamentável qualquer intimidação em uma eleição. Amanhã [hoje] o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, estará em Curitiba e vamos levar o caso para ele. O ministro deve ir a Cascavel ouvir os relatos de todos os envolvidos. A eleição tem que ser decidida pela população e sem intimidação”, afirmou ontem Tadeu Veneri, deputado petista. E durante pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa, a líder da bancada do PT, deputada Luciana Rafagnin, lamentou o ocorrido no município por causa da disputa em segundo turno. “É muito preocupante os últimos acontecimentos em Cascavel, chegou-se ao ponto de atirarem nos carros da equipe e lançarem planfletos apócrifos. Esperamos que a campanha volte ao alto nível e que as pessoas tenham a liberdade e segurança para escolher seus candidatos”, disse ela.

CASO PENSADO
Ainda em Cascavel, a Justiça Eleitoral local negou liminar a campanha do Professor Lemos que tentava impedir a divulgação de matérias e vídeos pela campanha de Edgar Bueno, sobre a denúncia envolvendo o local da residência do petista. O vídeo relata que Lemos vive há 15 anos com a família em Curitiba e que somente há dois anos adquiriu um imóvel em Cascavel, para justificar a mudança do domicílio eleitoral para aquela cidade.

EM TEMPO
A última pesquisa divulgada sobre a disputa em Cascavel foi ontem, feita pela Radar Inteligência e contratada pelo jornal local Gazeta do Paraná. Na intenção estimulada de voto, Edgar Bueno tem 46,7% e Professor Lemos 44,3%. Os votos brancos e nulos somam 3,5%. Está registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob o número PR-00695/2012.

A SALVO
Desde hoje pelo calendário eleitoral e até 48 horas depois da eleição do próximo domingo (28) nenhum eleitor poderá ser preso ou detido, exceto se for em flagrante, em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável ou se o eleitor desrespeitar o salvo-conduto.

ELOGIO A UM...
Em Curitiba, a Justiça Eleitoral multou a Rede Massa em R$ 42.564,00 por dispensar tratamento diferenciado ao candidato a prefeito Ratinho Júnior (PSC) – filho do dono da emissora – na cobertura da eleição neste segundo turno. A ação partiu da coligação de Gustavo Fruet. Em caso de reincidência, novas multas com valor duplicado podem ser aplicadas. No primeiro turno houve denúncia de mesmo teor.

CRÍTICA A OUTRO
Na decisão, a juíza eleitoral Renata Estorilho Baganha aponta que os telejornais da emissora estariam atacando sistematicamente Fruet e enaltecendo Ratinho Júnior. “Não se trata, evidentemente de censura. Aliás, ilegalidade não se censura, se pune! O que não se pode permitir é emissora de televisão, através de serviço concedido pelo poder público, fazer comentários reiterados e depreciativos em face de uma candidatura, a fim de beneficiar outra”, apontou a juíza.

EM MINUTOS
No despacho, a juíza cita vários programas da Rede Massa como exemplo de tratamento diferenciado. Como o ‘Jornal da Massa’ do último dia 9, quando foram destinados 2 minutos e 25 segundos para elogiar Ratinho e 1 minuto para atacar Fruet. No último dia 12, ela cita que praticamente 8 minutos do telejornal foram usados para atacar o candidato pedetista.

ELE TENTOU
Mais uma decisão contra a candidatura de Ratinho Júnior, que foi proibido pela Justiça Eleitoral de exibir comerciais comparando o resultado das pesquisas Datafolha e Ibope, divulgadas na última semana. A mesma juíza Renata Baganha acatou ação de Gustavo Fruet e reconheceu que o candidato do PSC faz uma comparação, sem citar o período de coleta, na tentativa de transmitir a impressão de que está subindo nas pesquisas.

ESPERTEZA
O caso é que a pesquisa Ibope (registrada sob o número PR-00687/2012) apesar de divulgada depois do Datafolha (PR-00704/2012) teve o período de coleta encerrado antes. Ibope encerrou dia 19, e apontou Fruet com 49% da preferência do eleitorado contra 39% de Ratinho. Já a Datafolha, encerrada dia 24, apontou Fruet com 52% e Ratinho com 36%.

SÓ ATRAPALHA
Na briga pela prefeitura, nos últimos dias Ratinho Júnior passou a explorar uma publicação que José Dirceu fez em seu blog – em que comenta o resultado das pesquisas favoráveis a Gustavo Fruet – para associar o pedetista, que tem apoio do PT, ao ex-chefe da Casa Civil do governo Lula. E, de quebra, tem usado trechos editados do debate da Band, na qual atacou Fruet justamente por causa do apoio do PT e o julgamento do mensalão em andamento.

SEI NÃO
Em dúvida sobre reagir ou não, Fruet tem meio que ignorado esses ataques. Manteve a mesma postura na propaganda de tevê. Mas há quem entenda que o silêncio beneficia Ratinho, que aliás, deveria ser cobrado por sempre fazer parte da base aliada do PT, e por isso nunca questionou publicamente a questão do mensalão. Nesta linha, pode ser usado contra Ratinho ainda, a presença de apoiadores de sua candidatura, como PMDB e PR, que tiveram políticos condenados no julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal.

NO AZAR
Desenvolve-se no ‘tapetão’ boa parte da disputa eleitoral na capital. Ontem a Justiça Eleitoral proibiu Ratinho Júnior de divulgar pesquisa irregular, conforme denúncia de Gustavo Fruet. Desde sexta-feira passada, pessoas ligadas ao candidato do PSC divulgavam nas redes sociais, suposta pesquisa do instituto Vox Populi, que teria sido contratada pela Bandnews e que teria apontado Ratinho na liderança.

ESCLARECE
Depois da denúncia, anteontem, a coligação de Ratinho emitiu nota informando não ter nenhuma relação com a divulgação da suposta pesquisa Bandnews/Vox Populi publicada nas redes sociais e sob investigação. A assessoria jurídica do candidato apresentou defesa para demonstrar que não têm responsabilidade alguma pelo ocorrido.

REPUDIA
A nota afirma que a divulgação da suposta pesquisa foi ato individual de alguém não ligado a campanha e que Ratinho repudia a divulgação dessa pesquisa irregular por considerar ações como essa “um desserviço à democracia”. Na ação proposta por Fruet, até uma internauta foi citada. No site do TRE não existe registro da suposta pesquisa do Vox Populi

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