8 de jul. de 2011

Afinal, quanto a Appa ganhou com a transferência do TCP?


Essa é uma pergunta que não quer calar. Como nada se falou a respeito os curiosos, naturalmente, gostariam de saber qual foi o resultado obtido pelo nosso porto em relação a este senhor negócio.

Uns dizem que, por ser um negócio feito em cima de uma propriedade pública, naturalmente, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) teve que anuir a respeito. Será?

Se chegou a tanto desempenhou o seu papel, naturalmente, obtendo também uma parte destes milhões que representaram o citado negócio. Ou não?

Que tal reviver como foi o negócio para colocar todos os paranaenses a par do mesmo?



Empresa americana compra 50% do TCP

O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) tem novo dono. Após um ano de negociações, a Advent International comprou 50% do TCP, na maior transação da empresa norte-americana desde que ela chegou ao Brasil, há 14 anos. Embora o controle da companhia paranaense tenha mudado de mãos, os antigos sócios continuam no capital da empresa, com participações menores.

O valor e o formato da negociação não foram revelados. Mas, segundo os envolvidos, o investimento feito pela Advent vai permitir ao TCP colocar em prática um plano de expansão anunciado ainda em 2010, que será executado até meados do ano que vem, ao custo de R$ 141 milhões. A principal meta é elevar em 70% a capacidade de movimentação de cargas, de 700 mil TEUs para 1,2 milhão de TEUs por ano – atualmente, o terminal movimenta cerca de 675 mil TEUs anuais (cada TEU equivalente a um contêiner de 20 pés).

O TCP é uma empresa privada, fundada em 1998, que detém a concessão para operar o terminal de contêineres de Paranaguá, o terceiro maior do país. Além da Advent, ele tem como sócias as empresas Pattac Empreendi­mentos e Participa­ções S/A, TUC Participações Portuárias S/A, Soifer Participações Societárias Ltda., Grup Maritim TCB S.L. e Galigrain S.A.

Crescimento
O mercado de contêineres cresceu, em média, 10% ao ano na última década, e vem atraindo novos investidores. Exemplo disso é o Porto Itapoá, que fica a cem quilômetros de Paranaguá e começa a funcionar em breve, com o objetivo declarado de “roubar” cargas dos vizinhos.

Para enfrentar a concorrência, o TCP vai instalar novos equipamentos e construir, a partir deste ano, um terceiro berço de atracação, com 315 metros de comprimento. Segundo Juarez Moraes e Silva, que continua como diretor-superintendente do TCP, esses projetos darão mais agilidade ao terminal. “Com o novo berço, vamos reduzir o gargalo da atracação. Nos últimos anos, a taxa de ocupação dos nossos berços vem sendo de 90%, e vamos trazê-la para 60% a 70%, que é o padrão internacional. E os novos equipamentos vão tornar a operação bem mais rápida. Hoje, para o cliente, o tempo é tão ou mais importante que o custo da operação.”

Namoro
Luiz Antonio Alves, diretor da Advent no Brasil, conta que os acionistas do TCP buscavam um novo sócio, que teria até 20% da empresa. “A ideia deles era ter um sócio mais passivo, do ponto de vista financeiro. Mas, com o passar do tempo, conseguimos criar um projeto que acabou encantando os acionistas e permitindo que a Advent, que tem um estilo de gestão mais participativa, adquirisse 50% do negócio.”

A Advent é especializada em private equity, atividade que envolve o investimento em empresas recém-criadas ou que ainda não são listadas em bolsa, com o objetivo de desenvolvê-las e, mais tarde, vendê-las por um preço maior. A companhia participa de 40 empresas em sete países da América Latina, entre elas Dufry, International Meal Company (dona dos restaurantes Viena e Frango Assado), Lojas Quero-Quero e o Paraná Banco, controlado pelo Grupo J. Malu­celli.

Novas atividades
Segundo Alves, como os investimentos em infraestrutura dão retorno somente no longo prazo, a Advent não pensa em sair da sociedade em menos de dez anos. Além da expansão da capacidade, diz o executivo, sua estratégia para o TCP tem outros dois pilares.

Um deles é a melhora da governança corporativa – a empresa está criando um conselho de administração, com participação de acionistas e conselheiros independentes. O outro pilar é a atuação em novos serviços logísticos, como armazenagem e transporte dos contêineres, atendendo os clientes “de ponta a ponta”, e não apenas do portão do terminal para dentro. (Publicado em 14/01/2011, Fernando Jasper)


Que tal? Como nunca se ouviu qualquer coisa a respeito, e hoje ao contrário do que ocorria nos tempos do Eduardo Requião tudo levantava suspeitas, seria interessante ouvir do superintendente Aírton Maron e sua diretoria sobre o assunto.

Afinal, nos bastidores, há comentários que devem ser evitados, ainda mais que o novo governo está começando e não pode ficar sujeito a insinuações, maldosas ou não, que possam ser registradas deixando no ar a imagem de que tem linguiça debaixo dessa farofa.

O Porto de Paranaguá ganhou alguma coisa com este negócio?


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