3 de jun. de 2011

LUIZ CARLOS HAULY, O BODE EXPIATÓRIO: Culpado de plantão!

Pepe Richa, Reinaldo de Almeida César, César Silvestri, Marcelo Cattani, Cássio Taniguchi, Michele Caputo, Flávio Arns

Podem até tentar desmentir e dizer que é tudo invenção da oposição ou daqueles que estão descontentes por alguns interesses já contrariados mal iniciou o novo governo.

O ambiente político-administrativo do estado do Paraná, contudo, vai deixando um cenário de preocupação diante dos fatos que se revelam em busca do culpado de plantão, aquele que na verdade estaria sendo o responsável por um estado de coisas que se transformou em verdadeiro muro de reclamações e desculpas.

De prefeitos à imprensa, de companheiros a adversários o comentário é um só: "o governo está mal... não está fazendo nada... Beto precisa acordar para a realidade... Quem está enterrando o Beto, mal começou o governo?".

E a resposta, claro, que vai sendo colhida por todo o interior e mesmo na capital, é uma só: “O CULPADO É O HAULY!”

Secretário das Finanças do Paraná, a quem cabe a responsabilidade maior de cuidar pelo equilíbrio econômico-financeiro do governo, Luiz Carlos Hauly (PSDB) vem aceitando calado a condição de bode expiatório exposto às desculpas mais esfarrapadas que se fazem ouvir por todos os cantos.

É secretário desta ou daquela pasta desculpando-se junto ao muro das reclamações com o nome de Luiz Carlos Hauly, citado direta ou indiretamente nas entrelinhas ou até nas falas irônicas de uns e outros, como se o dito cujo estivesse sentado em cima da chave do cofre onde fica toda a dinheirama do governo paranaense capaz de resolver tantas situações já reclamadas.

Vencido o prazo em que o argumento foi a desculpa de uma herança maldita recebida dos governos Roberto Requião (PMDB) e Orlando Pessuti (PMDB), era preciso encontrar um novo motivo para jogar a responsabilidade em relação às muitas reivindicações que já se fazem por alguns cantos.

Beto Richa (PSDB) certamente não vem sentindo tão de perto o estado de coisas que o cerca e pode levá-lo a uma situação perigosa nos próximos meses quando será preciso colocar em ação uma operação de resgate de sua imagem, futuro sombrio que já se avizinha em algumas áreas por todo o Paraná.

Prefeitos companheiros e atuantes da última campanha, sejam vereadores ou lideranças políticas destacadas, já falam nas entrelinhas, comentários e reuniões que o governo Beto só está se preocupando com os adversários que cada vez mais chegam perto do Poder como se tivessem vencido eleições.

Foi assim, por exemplo, quando souberam de uma reunião mais íntima de Beto com prefeitos amigos do deputado Alexandre Curi (PMDB) que abertamente não esteve na campanha de Richa mas atuou de mangas arregaçadas neste empenho.

Seus prefeitos certamente não estão reclamando do governo, mas em contrapartida há gente que foi de palanque na última campanha e que se sente menosprezado e já fala abertamente.

Com a imprensa começando a fazer cobranças e Beto Richa se mantendo à distância e até se irritando quando lhe fazem perguntas que o colocam em uma verdadeira saia justa, como aconteceu naquela resposta ríspida a respeito de um helicóptero, o ambiente vai ficando cada vez mais estranho e fechando um cerco que pode explodir a qualquer instante em situação totalmente desagradável.

Prova da preocupação maior são as desculpas dos diversos secretários que volta e meia lembram o nome de Luiz Carlos Hauly, o secretário da Fazenda, como dizem, e que seria o grande responsável por impedi-los de atender as reivindicações em geral.

Hauly tem as costas largas e, por enquanto, vem aceitando calado tal situação, embora a condição de bode expiatório necessite urgentemente ser esclarecida.

Sem o choque de gestão que Beto Richa prometeu e que precisa cobrar com urgência do secretariado, sem meias palavras e cara a cara com a verdade, Hauly vai continuar como o bode expiatório de uma situação que passou a fase do caixa em baixa deixado pelos governos anteriores.

Daqui para frente a criatividade e a competência precisam de fato serem colocadas na ordem do dia do governo Beto Richa, antes que acabe sobrando para o próprio, que certamente não está sabendo muito bem do que se passa a suas costas.

Blindado por interessados em lhe mostrar apenas o lado dourado das coisas, Beto Richa precisa ser alertado de que Luiz Carlos Hauly não pode mais ser usado como bode expiatório de uma situação de falta de competência de uns e outros que ainda não conseguiram justificar o porquê de terem sido escolhidos para integrar este governo de mudanças.

A imprensa, cujo papo da área de comunicação vem sendo cobrado de forma mais convincente, já deixou claro que aguardar até setembro ou outubro com as desculpas burocráticas manjadas não vai resolver em nada esta falta de divulgação do que o governo vem fazendo, se é que está realmente fazendo alguma coisa.

Usar Luiz Carlos Hauly como bode expiatório pode ter sido a princípio uma boa estratégia, já que muitos conhecem seu rigor e o zelo com as finanças públicas, mas entender por muito tempo esta condição para desculpar a incompetência exige o quanto antes que se justifique o prometido choque de gestão.






Candidato natural às eleições municipais de 2012 em Londrina, Luiz Carlos Hauly poderá ter na oposição o caldo engrossado pelas atuais circunstâncias que o colocam como o bode expiatório de uma situação de inércia que já está sendo reclamada em relação ao novo governo paranaense.

Preocupados que as desculpas possam continuar até perto do final de ano, tanto prefeitos, imprensa e demais interessados que desejam ver a ação do governo, foi iniciada uma verdadeira caça às bruxas a fim de encontrar quem realmente tem culpa nesta fase de desgaste da imagem do governador Beto Richa e que a qualquer momento poderá render o corte de algumas cabeças em sua administração.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...