Depois que diretores da Fetranspar (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná) tomaram conhecimento de que “somente duas alternativas são possíveis para redução das tarifas de pedágio” no Estado, em nota oficial divulgada ontem disseram ter certeza de que existem outras alternativas que estão sendo observadas e analisadas pelas concessionárias e pelo poder concedente.
A Fetranspar se baseia em outras alternativas que teriam sido anunciadas pelos secretários de Infraestrutura e Logística (José Richa Filho) e da Casa Civil (Reinhold Stephanes), na última reunião com o grupo de sete entidades federativas paranaenses, o chamado G7. As duas únicas alternativas para baixar o pedágio foram apontadas pelo diretor regional da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), João Chiminazzo Neto.
São elas: se as concessionarias deixarem de executar obras nas estradas ou se o período de concessão das rodovias for ampliado pelo governo paranaense. Pelos contratos em vigor, a atual concessão vai até 2022. As declarações do diretor da ABCR-PR foram dadas em resposta ao deputado Cleiton Kielse (PMDB), que apresentou estudo crítico na CPI do Pedágio da Assembleia. Chiminazzo Neto disse que por causa de uma revisão dos contratos, a tarifa do pedágio pode sofrer alteração. “PODERÁ” BAIXAR A notícia é boa. “Há uma previsão de que essa revisão possa estar pronta dentro de 60 dias e poderá ter aumento de investimentos e redução da tarifa”, declarou Chiminazzo Neto. Essa revisão está sendo feita há cerca de um ano, segundo ele, e pode resultar em um reequilíbrio no contrato ou prorrogação do período de concessão das empresas. A lamentar que tudo está na base do “pode”, nada certo ainda. APOSTA NO GOVERNO O governo Richa já admitiu prorrogar os contratos, apesar da resistência de alguns setores empresariais e políticos, em troca da redução das tarifas e da realização de obras de duplicação das rodovias. A Fetranspar está com o governo. Diz confiar nas negociações em andamento entre governo e concessionárias. “Nós, transportadores de cargas, entendemos como necessário e urgente a repactuação dos atuais contratos, a fim de reduzir as tarifas de pedágio”. FALTA MUITO Conforme a nota ainda, assinada pelo presidente Sérgio Malucelli, é necessária a duplicação de pelo menos o Anel de Integração nos próximos quatro anos e mais serviços nas estradas, principalmente na área de segurança. “Pelo que temos conhecimento, apenas 49% dos usuários das rodovias pedagiadas pagam a tarifa e, destes, 76% faz parte do setor de transporte de cargas”, aponta Malucelli.
Nenhum comentário:
Postar um comentário