Dois importantes requerimentos deram entrada na reunião de ontem (06) da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que investiga as concessionárias e os contratos de pedágio no Paraná. Ambos serão votados na próxima terça-feira (13) porque a CPI se reúne apenas uma vez por semana. Um deles propõe a convocação do ex-governador Jaime Lerner e o outro, pede a quebra de sigilo bancário e fiscal das empresas que atuam no setor. A proposta de convocação do ex-governador foi apresentada pelo deputado Tercírio Turini (PPS), mas como ele não é integrante da CPI, o requerimento foi subscrito pelo deputado Alceu Maron Filho (PSDB). “O pedágio foi implantado no Paraná durante o governo Jaime Lerner. Na eleição de 1998 [quando disputava a reeleição] ele determinou a redução das tarifas pela metade e fez um aditivo contratual, criando um imbroglio que se arrasta até hoje”, lembrou o deputado Turini. Que acrescenta: “Atualmente, dos 1 mil quilômetros previstos para serem duplicados, nem 10% foi feito. Nada mais justo que ele [Jaime Lerner] seja o primeiro a ser ouvido”. Este pode ser o maior desafio da CPI do Pedágio, de conseguir trazer Lerner para prestar depoimento. Cidadão do mundo, arquiteto e urbanista de renome internacional, o ex-governador pouco fica em Curitiba. E desde que deixou o Palácio Iguaçu tem dito que, de política (partidária) quer distância. Sobre o requerimento pedindo a quebra de sigilo bancário e fiscal das concessionárias, a autoria é do “sabe tudo” da CPI, deputado Cleiton Kielse (PMDB).
Para o deputado Douglas Fabrício (PPS), relator da CPI do Pedágio, é preciso dispor de acesso livre ao banco de dados do site que está sendo criado para população colaborar com a Comissão, com informações e sugestões. “Não há sentido em fazer um site com acesso restrito aos deputados que compõem a CPI”, comentou. É que alguns integrantes preferiam que apenas os deputados tivessem acesso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário