Vivemos um tempo de séria preocupação diante da revelação da última semana, quando a Gazeta do Povo viu-se surpreendida por uma decisão que censurou seu comportamento vivo constitucionalmente, mas que foi, de repente, absurdamente pisado de forma grotesca a ponto de gerar manifestações por todo o país.
Já sofremos nestes vinte anos de existência situações semelhantes, enfrentando interesses poderosos que impediram o pleno exercício da imprensa por conta de argumentos discutíveis que, sem usar o direito de resposta de forma adequada como instrumento legal e constitucional, passa por cima da liberdade de expressão que deixa de ser assegurada com todos os direitos.
Transformada numa briga pessoal e familiar que extrapolou de ambos os lados, chegamos a uma situação que a esta altura precisa ser colocada com urgência em seus devidos termos, sob pena de representar mais um passo, dos muitos que já se observa em outras áreas, como instrumentação que vem contribuindo para se desconfiar das verdadeiras intenções daquilo que se pretende para o nosso país.
Embora o espírito democrático de nosso povo não admita qualquer tipo de censura, estamos vivendo situações, como essa que atingiu a Gazeta do Povo, que estimulam ainda mais a luta pela liberdade de expressão que realmente está a perigo.
Quem se julga acima da lei não pode continuar expondo de forma preocupante um estado de coisas que daqui a pouco fará o brasileiro voltar aos tempos ditatoriais em que uma casta dominava os veículos de comunicação com a intenção de estabelecer por sua própria conta o que o povo deve ou não saber quanto à realidade que estamos vivendo.
Lamentável, sob todos os aspectos, o registro da última semana que censurou a Gazeta do Povo estabelecendo regras para um jogo em que se pretende seja o direito de informação e opinião únicos para quem tem sob seu tacão o chicote ditatorial que ditam as regras da opinião pública brasileira. (Luiz Fernando Fedeger)
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