Requião, Pessuti ou um deputado: novo comando do partido no Paraná decide rumos para 2014
Com apenas 10 dias de campanha pela presidência do diretório do PMDB do Paraná, o senador Roberto Requião, que ontem reuniu correligionários de Curitiba, região metropolitana, vale do Ribeira e litoral, está prevendo que sua chapa, que foi montada nas viagens pelo interior, fará 90% dos votos dos convencionais do partido. Mas seu provável concorrente no bate-chapa pelo comando da legenda no Estado, o ex-governador Orlando Pessuti, rebateu em seguida: “ele não faz nem 40%”.
Ontem em Curitiba, o senador pediu apoio e voto para a chapa, que denominou de ‘PMDB do Paraná: história, honradez e dignidade’, como fez nas reuniões anteriores. O presidente do PMDB será eleito em convenção marcada para o dia 15 de dezembro. Esta é a última semana de articulações em relação a nomes porque se encerra na próxima quinta-feira o prazo para o registro das chapas que vão disputar o controle do diretório. Requião e Pessuti passaram o final de semana em viagem pelo interior, percorrendo regiões diferentes, em busca de apoios.
Com Pessuti está a bancada do PMDB na Assembléia Legislativa, que irão formar chapa única para enfrentar o senador na disputa - que dentre os deputados estaduais tem a seu lado apenas Anibelli Neto. Requião tem dito que em jogo está o destino do PMDB na eleição para o governo do Paraná em 2014, com candidatura própria do partido, a dele próprio. Ele acrescenta denuncia que os parlamentares querem "entregar" a legenda para o governador Beto Richa (PSDB), de quem são aliados no Legislativo.
Prefeitos e provocações
Na semana passada, a organização de encontro entre os deputados peemedebistas com o governador e os prefeitos eleitos este ano pelo PMDB, foi explorada pelo senador nas falas durante o final de semana que passou. “Nossa chapa para o diretório regional esta fechada. Vamos resgatar nossa imagem e a de nosso velho PMDB de guerra”, afirmou ele, ontem, pelo twitter, após encerrar o roteiro de viagens do final de semana. “Conosco estão os peemedebistas que deveriam estar, e os que não estiverem se arrependerão amargamente por não terem estado”, desafiou Requião. "Essa acusação é um discurso que interessa ao Requião. Nós não temos compromisso com o Beto para 2.014", retrucou o deputado estadual Nereu Moura a respeito.
Enquanto ele prevê fazer 90% dos votos, os deputados avaliam ter o apoio de 70% dos delegados que votam na convenção. O senador não acredita. “O [deputado estadual] Alexandre Curi me disse que os deputados mandavam nos delegados do PMDB. Parece que não. Talvez tenha se enganado de partido. A voz forte e rouca do PMDB esta se fazendo ouvir em todo o Paraná. Só deputados surdos não escutam”, provocou o senador. Está com Requião a pequena bancada federal do PMDB, com exceção de um parlamentar, prefeitos, ex-prefeitos e outras lideranças antigas da legenda. Ele faz questão de citar que em visita a Michel Temer, teve aprovação do vice-presidente da República, que defende candidatura própria do partido para os governos do Estado em 2014.
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