9 de dez. de 2011

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS: Conselheiro some com documentos e anula eleição do Conselho de Saúde

Representante da Prefeitura “deu um nó” e sumiu levando toda a documentação do processo eleitoral


 “Considerando que a IX Conferência Municipal de Saúde foi prejudicada pelo seu Coordenador Geral, Conselheiro representante da Secretaria Municipal de Saúde, Sr. Agenor Cheutchuck, conforme moção da mesma, que cita a desorganização gerencial em conduzir a Conferência, e a centralização excessiva deste na condução desta; considerando o extravio de documentos referentes ao processo eleitoral, o Conselho Municipal de Saúde resolve anular a eleição dos Conselheiros” (que ocorreu na dita Conferência, realizada em 9 e 10.10.2011).

Nestes termos, o Conselho Municipal de Saúde publicou a “Resolução nº 6, de 20.10.2011”, anulando a eleição sabotada, e a Resolução nº 7, de 16.11.2011, marcando data para “nova eleição” de conselheiros, prevista para este sábado, 10.12.2011.

Agenor Cheutchuck desapareceu “como por encanto”, levando consigo a documentação. O caso é intrigante, pois, antes do rolo, ele era visto com frequência no Gabinete do prefeito Ivan Rodrigues, sendo por isso considerado “amigo do peito” do chefe do Executivo. Contudo, da mesma forma como os documentos desapareceram, o representante da Secretaria da Saúde no Conselho da Saúde “escafedeu-se”, a ponto de deixar dúvidas sobre o seu paradeiro.

O que se tem por certo é que a sabotagem deixou indignados alguns conselheiristas eleitos em outubro, os quais estão se preparando para concorrer de novo, e, se derrotados, pretendem buscar na Justiça a reparação dos danos. Ou seja, está armado um “circo” com aspecto de “arena”, eis que os ânimos vêm se exaltando, podendo acabar num imprevisível entrevero.

O pior de tudo é que ninguém (a Prefeitura, a Secretaria de Saúde, o próprio Conselho de Saúde ou algum conselheirista) tem uma explicação, ainda que apenas razoável, para a estranha atitude do Sr. Agenor Cheutchuk. É como se todo mundo estivesse anestesiado (vale aqui lembrar que a Prefeitura gastou mais de R$ 15 milhões com anestesiologistas de “cooperativas”), tanto que, até agora, não foi registrada queixa na polícia e nem no Ministério Público.

O sumiço da ata e dos demais documentos, inclusive pessoais (RG, CPF e comprovantes de endereço dos conselheiristas eleitos em outubro passado) é emblemático da “bagunça” generalizada em que se vem debatendo a Secretaria Municipal de Saúde desde a posse do prefeito, Ivan Rodrigues, em janeiro de 2009. De lá para cá, foram 5 secretários, inclusive o atual, Adilson Stuzata, petista militante, que passou um tremendo vexame nas unhas de enfurecidos parentes de enfermos, em recente encontro realizado na Câmara Municipal.

Como não há explicação lógica, restam especulações. A maioria delas é que teriam sido eleitos em outubro “nomes intragáveis” à Administração Municipal, mas, como não há uma só pessoa decidida a escarafunchar nessa bronca, ficam apenas e tão-somente as conjecturas.

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