Querendo melhorar sua imagem perante à opinião pública, o senador José Sarney (PMDB-AC&MA), presidente do Senado, buscou os serviços de uma empresa especializada em comunicação e gestão de imagem, que sugeriu, entre outras coisas, a criação de um site mostrando a trajetória político-literária do ex-presidente da República reconhecido por clássicos como Saraminda e Marimbondos de Fogo, os quais o garantiram uma cadeira de imortal na Academia Brasileira de Letras.
Nesse site sobre a vida de José Ribamar, é óbvio, só fatos abonadores do seu meio século de vida pública, nenhuma linha a respeito de escândalos, denúncias, suspeitas...
Até aí tudo bem, afinal os políticos precisam saber como são vistos pelo público, principalmente pelo eleitorado, e dar uma "maquiada" na realidade é compreensível, senão não sobraria espaço para nada no tal site.
Mas só que José Sarney resolveu mandar a conta pelo serviço prestado, cerca de R$ 24.000, para ser paga pelo Senado Federal - leia-se dinheiro público, ou melhor, o povo brasileiro.
Esse é o Sarney, mais uma vez usando o dinheiro público para o benefício próprio, tal qual fez em 2009 quando mandou o Senado pagar R$ 8.600 pelo serviço de organização de seu acervo pessoal de livros e documentos.
É a força do hábito, dizem...
A notícia dessa contratação visando melhorar a imagem teve efeito contrário, principalmente por causa de quem terá que arcar com o pagamento.
José Sarney, ao invés de "gastar" por nossa conta essa dinheirama, poderia ter perguntado a qualquer pessoa na rua, de forma mais barata e verdadeira, qual a melhor forma para melhorar sua imagem.
A resposta seria, na lata: se aposentando.
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