Proibindo a venda de bebidas alcoólicas ele pretende acabar com acidentes no trânsito e "rachas" depois do consumo
Começou a tramitar na Assembleia Legislativa mais um projeto de lei que deve provocar polêmica com a população mais jovem. A proposição proíbe a venda de bebidas alcoólicas em postos de combustíveis e lojas de conveniências neles instaladas ou conjugadas. Esses locais se transformaram em pontos de encontro para lazer à noite na maioria das cidades e rendem lucros para os donos dos postos em função dos preços não terem o controle e a concorrência como ocorre com os combustíveis.
Além da população jovem, a resistência ao projeto pode vir também dos proprietários de postos, que serão prejudicados. Junto com a bebida, a música nos veículos ou o jogo de futebol na tevê da loja, completa-se a diversão de pessoas com menor poder aquisitivo. Quem tem renda mais alta frequenta locais fechados, próprios para o consumo de bebidas de todo o tipo, alimentação, música e espaço para dançar, entre outras vantagens.
Trânsito
Autor do projeto, Pastor Edson Praczyk (PRB), deputado antigo da agora forte bancada evangélica eleita para a atual legislatura na Assembleia, alega que os encontros em postos de combustível para o consumo de bebidas alcoólicas podem provocar consequências negativas de todo tipo. Ele entende que estes locais se transformaram em ponto de reunião de jovens que embalados pela bebida fazem "verdadeiras festas com música alta e outros abusos cometidos durante a madrugada". Praczyk comenta que com aglomeração de jovens, depois de se embebedarem, por vezes abusam da velocidade em ruas das cidades, promovendo “rachas" e diversas outras violações da lei.
A preocupação do deputado/pastor, é que essas reuniões regadas a muito álcool terminam em brigas, por vezes fatais e acidentes graves com carros. Praczyk acredita que a redução de locais disponíveis para o consumo de bebidas, em especial aqueles vinculados a condução de veículos, como é o caso dos postos de gasolina e as lojas de conveniência, "é imperativo para diminuir os acidentes causados por motoristas alcoolizados". Além do mais, reforça, esta é uma forma de coibir a prática deste tipo de delito conforme dispõe o Código Brasileiro de Trânsito.
Se transformada em lei, os estabelecimentos quando infringirem a proibição, receberão inicialmente uma advertência, depois multa de 5 mil reais, até a cassação da Inscrição Estadual. (Roseli Valério)
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