O pior cego é aquele que não quer enxergar, diz um velho ditado. Tão certo quanto isso, é inútil desconhecer ou tentar fechar os olhos para a realidade de que o mundo mudou. Mudou para melhor ou pior, conforme o conceito de cada um. Mas que mudou não resta a menor dúvida.
E diante do cenário que divisamos ao abrir a janela para além de nossas fronteiras domésticas, sentimos que usos e costumes foram se aprimorando e dando lugar a novos tempos, embora permaneçam, é natural, alguns comportamentos que desaprovamos e que entendemos não está de acordo com a realidade mundial. O big brother que nos sonda na mais ampla intimidade mostra que as quatro paredes já não são inexpugnáveis e os poderosos já não são tão poderosos como pareciam.
Hoje, os donos do mundo deixaram de ser meia dúzia de países que chamados desenvolvidos passavam por cima daqueles que tentavam ser emergentes impondo suas vontades. Na realidade atual, pequenos de ontem se tornaram verdadeiramente os grandes de hoje e ai estão para provar a realidade China, Índia, Japão, e o próprio Brasil, antigamente como diz o seu hino, verdadeiramente um gigante adormecido.
A economia mundial foi mudando gradativamente e na atualidade até o todo poderoso Estados Unidos pede socorro internamente para impedir de se tornar o maior caloteiro do mundo. A situação só não ficou pior porque, finalmente, republicanos e democratas chegaram a um acordo e entenderam aquilo que nós brasileiros aprendemos à custa de muito sacrifício, isto é, que é melhor comermos todos juntos feijão com arroz do que mantermos aquele status quo do cenário internacional onde uns poucos comiam caviar e o resto do mundo apenas contribuía para manter as aparências.
Graças a Deus, o mundo mudou. E está no rumo para mudar mais, muito mais, já que a presença de países emergentes como o Brasil nas bancas internacionais, discutindo em igualdade de condições com os poderosos do passado, reflete claramente que todas as vozes precisam ser ouvidas em igualdade de condições. Vários são os motivos para que este entendimento se amplie e faça governantes se unirem cada vez mais, não apenas em busca da paz e da unidade, mas na procura de soluções a problemas comuns.
Hoje, o maior problema do mundo é o próprio mundo. Ao longo dos anos, desde que o mundo é mundo no entendimento do ser humano, fomos tratando de mudar o planeta entendendo que fazíamos o melhor e buscando superar a obra que Deus nos entregou de graça e que fomos gradativamente destruindo. A natureza com seus recados cansou de mandar avisos alertando que deveríamos nos preocupar com este mundo que estava se deteriorando e chegou ao limite. A diversidade do clima é a mensagem maior do que ocorre neste mundo que ocupamos e que já faz os cientistas sonharem com a possibilidade de uma busca por água em outros planetas, preocupados com a necessidade de, daqui a pouco, termos de migrar pelo universo em busca de uma nova casa.
Realmente o mundo mudou, e muito. Mas nem todos ainda se deram conta disso. Continuam a viver e a destruir um planeta que vai esgotando suas mensagens em alerta que perigosamente nos aproxima para períodos ainda mais devastadores do que aqueles que já nos preocupam. Legar às futuras gerações um planeta capaz de continuar servindo como morada é mais do que obrigação por aquilo que recebemos.
Enquanto irmãos continuarem com fome nos mais longínquos rincões deste planeta; enquanto obras faraônicas continuarem sendo construídas para satisfação de fortunas que esquecem de dividir o mínimo que seja para socorrer seus irmãos mais pobres; enquanto a ignorância e a ânsia do poder persistirem no domínio de governantes que se imaginam todo poderoso; enquanto nós mesmos não fizermos a nossa parte, o mundo continuará caminhando para uma derradeira situação. Falar, escrever e ouvir sobre tudo isso é tarefa que precisamos estar conscientes em nosso dia.
Ainda há tempo, muito tempo naturalmente para, independente de credo ou religião, nos conscientizarmos de que o mundo mudou, está mudando e vai mudar ainda muito mais, e para pior, naturalmente, se deixando de lado as lições que a própria Mãe Natureza nos dá diariamente, cruzarmos os braços e ficarmos assistindo pela janela da comodidade o mundo passar faceiro como se nada estivesse acontecendo. (Luiz Fernando Fedeger)
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