31 de ago. de 2011

EXECUTIVA DO PMDB: Decisão por candidatura própria em cidades com segundo turno no Paraná

Por trás da iniciativa, o afastamento dos petistas nas quatro maiores cidades, reforçando o acordo com o governo tucano


Para as quatro cidades paranaenses com possibilidade de segundo turno, a comissão executiva do diretório estadual do PMDB aprovou uma “orientação” aos diretórios locais por candidatura própria nas eleições municipais de 2012. A tese é a mesma de outros anos pré-eleitorais: “O PMDB é o maior partido do Brasil e do Paraná, em número de militantes filiados e de representantes eleitos, e precisa fazer valer esta força, principalmente nos municípios onde terá segundo turno”, repete o deputado estadual Nereu Moura.

A orientação teve como base a questão de Maringá. A executiva estadual, em reunião coordenada pelo presidente Waldyr Pugliesi, deu autonomia ao PMDB de Maringá para lançar chapa completa de candidatos à Câmara de Vereadores, a prefeito e vice. “Em Maringá, o PMDB tem que disputar o primeiro turno e caso o candidato do partido não passe para o segundo turno, buscar os apoios necessários para compor uma aliança necessária para vencer as eleições”, explicou Moura.

A executiva regional do PMDB rompeu com o PT de Maringá e por extensão, com o pré-candidato a prefeito Enio Verri (PT). O motivo, segundo os peemedebistas, são os escândalos das caronas aéreas com jatinhos da empreiteira Sanches Tripoloni envolvendo o ministro petista do Paraná, Paulo Bernardo, hoje no comando das Comunicações.

Em função do possível desgaste, já que o PMDB é aliado do PT, o partido escolheu o vereador e presidente da Câmara Mário Hossokawa como pré-candidato peemedebista à prefeitura de Maringá. A direção local do PMDB, que articulava a aliança, foi comunicada ontem sobre a mudança nos planos. Além de Maringá, Curitiba, Londrina e Ponta Grossa são as demais cidades paranaenses que terão segundo em 2012. É possível que até o próximo ano Cascavel também tenha eleitorado suficiente para segundo turno.



Cúpula

Na Assembleia, os deputados do PMDB decidiram arriscar por conta própria um encontro com o vice-presidente da república Michel Temer e com o presidente nacional do partido, Valdir Raupp. O encontro será após o feriado de 7 de setembro. A bancada havia pedido agendamento de audiência com Temer mas não obteve qualquer resposta.

Os deputados querem explicar a adesão ao governo Beto Richa, que é do PSDB, principal adversário do governo federal do qual o PMDB faz parte. “Vamos explicar que aqui no Paraná o partido corria o risco de ficar raquítico, sem capilaridade, se continuasse como estava”, diz Nereu Moura. (Roseli Valério)


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