1 de mar. de 2013

CLEMENCEAU LIGOU O GOVERNO BETO A UM NEGÓCIO SUSPEITO!

CLEMENCEAU LIGOU O GOVERNO
BETO A UM NEGÓCIO SUSPEITO!



Clemenceau Calixto.

Dizem os credores da Refinaria de Manguinhos, prejudicados por ardilosas ações do empresário Ricardo Magro, que a manobra começou há algum tempo.
Levantando suspeitas de uma ligação armada no governo Beto Richa, que pode nem estar sabendo de nada, um senhor negócio, que envolve não apenas milhões, mas bilhões de interesses estava em andamento com um toque de gênio do mal.
Projeto aprovado no apagar das luzes de uma legislatura, que permitiria descontos generosos para o pagamento de débitos tributários com o Paraná, via precatórios, inclusive, tinha endereço certo: Refinaria de Manguinhos.
A empresa de Ricardo Magro, empresário de nebulosas revelações feitas na revista Época e no Jornal O Globo, entre outras, tinha um pepino da ordem de R$ 700 milhões com o governo do Paraná, vindo na sua rasteira uma tal de Petropar, que pretendemos ainda tratar mais adiante.
Aprovado e sancionado este projeto colocaram a Manguinhos de fora em uma situação que englobada com outras não despertou suspeitas por aqui, embora uns e outros fizessem especulações no Rio e em Brasília que teria sido conquista pessoal de Ricardo Magro pelas suas ligações com o governador paranaense.
Beto Richa talvez nem saiba disso, mas a história começava a ser montada e estava para explodir a qualquer momento, tendo o Impacto, inclusive, alertado uns e outros a respeito do assunto que em pequenas notas já circulava por algumas publicações nacionais, iniciativa que teria passado pela Casa Civil, no tempo do Durval Amaral, hoje conselheiro do Tribunal de Contas, pela Secretaria de Finanças sob o comando de Luiz Carlos Hauly, até chegar na sanção do governador.
Enquanto isso, as ligações sempre perigosas com Ricardo Magro já explodiam, inclusive, em ações na área judicial, que geraram preocupações até junto ao STF, onde recentemente foi esticado mais um prazo para a Polícia Federal concluir inquérito que envolve a necessidade da oitiva de Ricardo Magro, assunto que nas entrelinhas envolve o governador Sergio Cabral e o deputado Eduardo Cunha, entre outros, com histórias e estórias que formam uma corrente cujos elos vão aos poucos sendo colocados à mostra com todos os detalhes.
Mas, vamos nos colocar mais no envolvimento paranaense, pois a nível nacional, publicações como a Época, especialmente, estão levantando todos os detalhes de negócios e negociatas que arrepiam pela ousadia de uns e outros.
Estabelecida a relação da Refinaria de Manguinhos com o Paraná, que por si só já colocava o nome de Beto Richa na reta de uma suspeição que talvez nem soubesse disso, enquanto se imaginava que o Paraná receberia com desconto a mixaria de R$ 240 milhões mais ou menos, graças àquele projeto que veio de longe, outros R$ 145 milhões ainda ficariam pendurados.
Se recebeu ou não alguma coisa, via precatórios, são outros quinhentos, como dizem, pois alguma coisa ainda pendurada deixava o Estado como credor da Refinaria de Manguinhos, o centro destas atenções no presente.
Tudo ia muito bem até que...

RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Um pedido em Araucária, para Recuperação Judicial da Refinaria de Manguinhos e suas empresas em Campinas e no Rio de Janeiro, mais a distribuidora paranaense, começou a caminhar na 1ª Vara Cível da vizinha cidade metropolitana.
Em curto espaço de tempo tudo se ajeitou e, de repente, não mais que de repente, o mundo, digo o mundo porque os negócios de Ricardo Magro correm o mundo, toma conhecimento de que um Juiz, autoridade de uma pequena cidade paranaense, embora seja a segunda em arrecadação no Estado, concede esta Recuperação Judiciária que vira uma autêntica carta de alforria para os negócios de Ricardo Magro, salvo pelo gongo perante dezenas (ou serão milhares de credores?), pois daqui por diante nenhuma ação mais poderá prosperar contra a Refinaria de Manguinhos que terá prazos e ordem de prioridades para o pagamento conforme andarem as coisas.
Mas, e daí?
Bem, daí que as coisas ficaram ainda mais nebulosas e levantando suspeitas contra o governo Beto Richa, embora, repito, talvez o próprio governador não tenha se inteirado de que tudo ia sendo montado inteligentemente, não se pode negar, por espertalhões de nossa economia que sempre encontram um jeitinho de montar negócios que rendem milhões.
Impacto que vinha acompanhando a situação foi descobrir que o Juiz que autorizou a Recuperação Judicial colocando a Manguinhos de fora, como dizem, de um senhor processo que começou no Rio de Janeiro, era Evandro Portugal, responsável pela 1ª Vara Cível de Araucária.
O magistrado, inclusive, designou para administrar como síndico esta situação, Clemenceau Merheb Calixto, nome dos mais conhecidos na área, inclusive por ter sido denunciado na época da polêmica CPI das Falências, como um dos mais privilegiados em indicações do tipo através da 4ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, onde atuava a Juíza Vanessa Camargo, irmã do Deputado Fabio Camargo, justamente o autor daquela CPI na Assembléia Legislativa.
Bem, uma coisa não tem nada a ver com outra, mas faz parte de histórias e estórias que passaram a serem contadas enquanto o Impacto buscava elementos, dialogando com jornalistas de Brasília, pesquisando o assunto e se interessando em saber se tinha, ainda, mais lingüiça embaixo dessa farofa.
Qual não foi a nossa surpresa ao descobrir que, Clemenceau Merehb Calixto,advogado licenciado da OAB, é nada mais nada menos que um dos Diretores da Agencia de Fomento do Paraná, cuidando da área do setor privado.
Mas como?
Um cara do setor público atuando nos setor privado para administrar agora uma situação que beneficia justamente quem havia feito bons negócios com o Paraná via precatório e neste momento estava sendo aliviado de pagar uma continha que deixou pendurada em precatórios com a paralisação de ações que não vão prosperar como deviam?
Nossa cabeça e de muita gente que se envolveu com o assunto embaralhou, sem dúvida e levantamos a suspeita na ultima edição do Impacto, inclusive alertando, sem acusar quem quer que seja, de a situação era no mínimo suspeita.
Muito suspeita.

DECISÃO
Não deu outra.
O Juiz Evandro Portugal, da 1ª Vara Cível de Araucária, induzido que foi, segundo revelou nesta semana para um representante dos credores da Refinaria de Manguinhos, disse desconhecer completamente todo o emaranhado que completava esta situação bastante nebulosa e tomou providências.
Citando o Impacto como revelador das suspeitas em relação a Manguinhos, determinou providências para a suspensão imediata do andamento daquela ação de Recuperação, até que todos se expliquem devidamente, isto é, autores daquela ação e o próprio administrador que havia designado, Clemenceau Merheb Calixto, integrante da Agencia de Fomentos do Paraná que misturou indiretamente um órgão público com o privado.
Abrimos um parêntese aqui para registrar que entramos em contato com o Presidente da Agencia de Fomentos do Paraná, pelo telefone, que nada quis falar a respeito da reportagem do Impacto na ultima semana, embora deixasse claro que no órgão a situação de Clemenceau Merheb Calixto é normal, avalizada inclusive pelo Banco Central que tem área que cuida destas relações.
Quanto a suspeita levantada pelo Impacto, da ligação através do mesmo de um assunto público com o privado, Juraci de Almeida Sobrinho disse que não iria se pronunciar, embora deixasse transparecer o desagrado pelo fato do Impacto fazer a ligação da Agência com tal assunto.

E AGORA?
Bem, agora a situação está no seguinte pé, que é interessante até o governador Beto Richa ficar sabendo, para que seu governo não fique comprometido com uma situação deveras nebulosa e que o colocou na mira de publicações nacionais.
Clemenceau Merehb Calixto vai ter que se explicar pois a situação de ligado ao governo e cuidando de um assunto que facilitou a Refinaria de Manguinhos dar um cano de alguns milhões de reais ao Paraná, ou pelo menos administrar uma situação no mínimo suspeita, ao mesmo tempo em que as determinações do Juiz Evandro Portugal, baseado naquilo que o Impacto denunciou em uma primeira reportagem, começam a motivar uma correria dos denunciados, em busca de explicações convincentes para que Recuperação Judicial daquelas empresa continue prosperando.
Em Brasília, no STF, onde havia sido dado prazo de 60 dias para ouvir Ricardo Magro, o cabeça da Manguinhos, exemplares do Impacto foram entregues motivando a atenção em relação aquilo que ocorreu em Araucária, no Paraná.
No Rio de Janeiro, para onde tudo tem a possibilidade de ser agora transferido para decisão no centro de todas as decisões referentes a Manguinhos, o clima é de expectativa para que a matéria judicial de Araucária se transfira para a área carioca.
E, nos bastidores, enquanto credores corriam de um lado para outro em busca de informações, lendo o Impacto via internet, com acessos ao nosso site que superaram todas as expectativas da semana, comentários e especulações davam conta de que uma verdadeira correria teria sido aprontada com a matéria do nosso semanário que gerou decisão que havia sido comemorada com champagne por aqueles que haviam colocado a manguinhos de fora...

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