23 de dez. de 2011

PARANAGUÁ: Vereadores colocam CPI dos Portos numa saia justa

Documentos protocolados na Assembleia Legislativa do Paraná no último dia 15 direcionados ao atual presidente, Valdir Rossoni, e Douglas Fabrício e Fernando Scanavaca, presidente e secretário da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Portos, prometem sangrar uma ferida que estava aparentemente estancada por algum motivo dentro da investigação efetuada pelos deputados que compõe a comissão.

Todos os documentos fazem parte de anexos protocolados pelos vereadores Benedito Nagel, Marcus Antonio Elias Roque e Rafael Gutierrez Junior (Rafinha), integrantes da Comissão Permanente de Obras e Serviços Públicos e também da Comissão de Educação e Saúde da Câmara Municipal de Paranaguá. 

O motivo que levou os vereadores a encaminhar tal documentação é baseado em fatos concretos e que demonstram irregularidades que não podem passar aos olhos dos deputados sem que haja uma investigação profunda, a qual possa esclarecer o favorecimento praticado na gestão de Eduardo Requião na Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) com a licitação do terminal de fertilizantes, onde a empresa Rocha Top (armazém privado) seria a beneficiária de toda a estrutura que executasse com a referida licitação.

O questionamento feito pelos vereadores cobrou respostas sobre licenças ambientais, ligações do terminal privado com o terminal público, legislação de postura municipal e especialmente disposições legais relativas ao meio ambiente, situações consideras por eles estranhas.

Outro fato alarmante, de acordo com os parlamentares, é o depoimento do ex-super Daniel Lúcio de Souza à CPI, quando disse que a execução do projeto de implantação do terminal público de fertilizantes diferiu do projeto original idealizado pelo outro ex, Eduardo Requião, levantando inclusive o referido ex-dirigente a hipótese de alguma intervenção indevida de um engenheiro do quadro de servidores efetivos da Appa, com fortes indícios de ligações com a empresa que poderia vir a ser beneficiada da modificação.

Os vereadores relatam também que de todas as solicitações feitas para que dirigentes da empresa Rocha Top comparecessem para prestar esclarecimento, nenhuma delas foi atendida. Alertam os deputados da comissão de que apenas uma rápida passeada pela orla portuária seria suficiente para observar que há lago errado acontecendo em relação às bases que interrompem passeios, cruza-se o espaço aéreo conforme a empresa deseja, instala-se o privado em detrimento do público e outras percepções que são fáceis de visualizar na principal avenida de acesso ao porto.

Os denunciantes aproveitaram a visita à Assembleia para se colocar a disposição dos parlamentares para depor na CPI, e ressaltaram que a comissão não pode passar por cima desta denúncia e colocar em xeque a credibilidade de todo os procedimentos efetuados até agora. Afinal, tem linguiça embaixo desta farofa e a atual direção portuária ainda continua com muita ligação com estes empresários? Leia o inteiro teor do documento protocolado:


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