16 de set. de 2011

QUATRO BARRAS: Vergonha! Agressor de jornalista é penalizado com cestas básicas!

Frederico Bernardi, que espancou profissional de imprensa, recebe apenas uma pena de quatro salários mínimos revertidos em cestas básicas

Para o delegado responsável pelo caso, isso não é lesão corporal

A profissional de imprensa, Cristiane Fortes, que atua na área jornalística investigando os casos de corrupção na administração pública do município onde reside, há tempos vem juntando documentos, editais, publicações oficiais e informações suficientes para publicar as reportagens denúncias, e posteriormente, com embasamento legal, reúne este material para fazer denúncias do mau investimento com o dinheiro público, nos Ministérios Públicos, da comarca de Campina Grande do Sul e Quatro Barras, MP Estadual, MP Federal, Corregedoria Geral da União - CGU, Ministério do Turismo e Promotoria do Meio Ambiente.


As denúncias

Em Campina Grande do Sul, Cristiane Fortes protocolou em 10 de abril, 10 denúncias que envolvem 40 casos de nepotismo no Executivo e Legislativo de Quatro Barras, contratação irregular de OSCIP pela prefeitura, contratação irregular de nove advogados para cargos comissionados e para responderem pela área jurídica da prefeitura; pagamento de 8 mil reais para servidor comissionado fazer pós graduação; aluguel de campo de futebol por 12 mil reais, onde o candidato a prefeito derrotado nas últimas eleições é o presidente deste clube; aumento de salário fora de data para o vice-prefeito; direcionamento de licitações para a esposa do vereador Pelé, do PDT (mesmo partido do prefeito Loreno Tolardo), onde ela venceu duas licitações que somam 90 mil reais; e o caso mais recente do agressor Frederico Bernardi, que era procurador do município, pediu exoneração, abriu uma empresa têxtil, venceu a licitação para uniformes escolar do referido município no valor aproximado de 800 mil reais, fez a entrega, declarou falência, e voltou para a prefeitura como secretário da Indústria e Comércio. Seu irmão há pouco mais de um ano, venceu uma licitação para prestar serviços terceirizado de limpeza pública, somando com os aditivos mais de 1 milhão de reais. A esposa de Frederico Bernardi, Viviane Sautner Bernardi, é secretária de Administração, e a cunhada do agressor, Juliana Sautner, é a presidente da Comissão de Licitação.


Promotor critica atitude da jornalista

O promotor público da Comarca de Quatro Barras e Campina Grande do Sul, Octacílio Sacerdote Filho, tem a sua ex-esposa e mãe dos seus filhos, Denilza Mianes Sacerdote em cargo comissionado de gestora pública na prefeitura de Quatro Barras.

O promotor Sacerdote há dois anos recebeu a primeira denúncia sobre o Nepotismo na prefeitura e Câmara de Quatro Barras (e arquivou). Ele “condenou” – (promotor não condena, quem condena é juiz), a atitude da proprietária do jornal Metropolitan’s em conceder entrevista à RPC, onde ela declarou que publicava as matérias enviadas pela assessoria da Câmara de Curitiba, numa coluna específica, e que recebia pelo espaço utilizado para esta divulgação, aliás – nenhum meio de comunicação trabalha de graça.

Ele não concorda com a linha editorial/investigativa do jornal Metropolitan’s, e promoveu uma matéria denegrindo a imagem da profissional de imprensa Cris Fortes e do seu veículo de comunicação. Esta matéria foi capa do jornal oficial da prefeitura de Quatro Barras no último dia 25, e nela o promotor defende os investigados pelas denúncias, prefeito de Quatro Barras, Loreno Tolardo, e o presidente da Câmara Municipal, Olair Ribeiro Lago (Laio), e correligionários.


O povo fala

Na opinião pública, este promotor deveria agradecer a jornalista por estar lhe adiantando um trabalho que seria sua obrigação de investigar e punir quando necessário a má aplicação do dinheiro público. A postura desta profissional foi condenada por ele.

Cristiane Fortes descobriu que o mentor da reportagem seria Frederico Bernardi. Ligou para ele, discutiram, em seguida ela disse-lhe que estaria indo até a prefeitura para conversarem pessoalmente. Chegando lá, foi recebida com um violento soco no rosto e chutes, o que lhe ocasionou 7 pontos na face, sangramento na boca e nariz, além dos hematomas. Ele foi retirado do local, e ela conduzida até outro gabinete, chegando em seguida funcionários da guarda municipal e a polícia militar para apurar a situação. Cristiane foi levada ao hospital por um amigo que se encontrava nas imediações da prefeitura. Mesmo este órgão público dispondo de uma frota de veículos para transporte e ambulâncias, nenhum foi disponibilizado para socorro. Detalhe para a área de saúde, onde profissionais trabalham atrás do prédio onde ocorreu o fato lastimável


Termo circunstanciado da ocorrência

O delegado, Rogério Antonio Haisi, abriu apenas um termo circunstanciado sobre a ocorrência. Em sua opinião não haveria elementos suficientes para um inquérito criminal. Ele não acatou o artigo 129 – lesão corporal – que ofende a integridade corporal ou a saúde. Para ele, o sangramento e os sete pontos ocasionados pela agressão não caracterizaram o artigo 129.


Primeira audiência em 2/9

A população ficou estarrecida com a notícia policial ocorrida em Quatro Barras, que foi manchete estadual e também foi divulgada em outros estados na semana que passou.

A primeira audiência ocorreu na sexta-feira, dia 2 de setembro, e servidores comissionados da prefeitura estiveram presentes para prestar solidariedade ao agressor Frederico Bernardi. Ele ficou rodeado de amigos e colegas de trabalho, o secretário do Planejamento, Ronaldo Loures da Rocha, o secretário da Ordem Pública e Cidadania, Cariovaldo de Andrade Ferreira Neto, o servidor público comissionado Juliano da Silveira, o vereador Pelé e João Luis da Silveira. Todos foram apoiar o denunciado. A audiência foi constrangedora para a vítima, que passou mal e precisou ser retirada do ambiente, após ser mais uma vez humilhada pelo seu agressor.

O advogado de Cristiane Fortes, Simon Gustavo Caldas de Quadros, solicitou um promotor especial para o caso, uma vez que declaradamente em jornal impresso e televisivo, Sacerdote expôs claramente que não concorda com o profissionalismo da jornalista, acusando-a de ausência de idoneidade e antiética. Este pedido será apreciado pela Meritíssima Juíza de Direito Dra. Paula Priscila Candeo Haddad Figueira. Ela também deverá acatar ou não, a pena imposta pelo Promotor Octacílio, que aplicou uma multa no valor de quatro salários mínimos - 2.180,00 reais, revertidos em cestas básicas como pena pelo delito cometido por Frederico Bernardi.

Até o fechamento da edição a juíza Paula Priscila não havia proferido a sentença. (Jornal Metropolitan’s)

OBS: Cadê a lei Maria da Penha?


O agressor sorri da pena

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