16 de set. de 2011

OPERAÇÃO DALLAS: Nem macaco consegue mais entender certas situações...


Depois do escracho público de vários envolvidos em comportamentos suspeitos de vários crimes, inclusive com prisões e outros procedimentos, uma decisão do TRF-4ª Região, em Porto Alegre, deixou até o macaco mais sabido sem entender o que está acontecendo.

Em janeiro deste ano, nada menos que dez pessoas foram presas acusadas do envolvimento em várias fraudes cometidas no Porto de Paranaguá, pegando no contrapé, principalmente, os ex-superintendentes da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) Eduardo Requião e Daniel Lúcio de Souza, mais o funcionário do Tribunal de Contas Agileu Bittencourt, alcançando também por extensão no processo envolvendo a Operação Dallas, da Polícia Federal, os ex-secretários Carlos Moreira Junior e Luiz Mussi, mais empresários e outros envolvidos.

A 7ª Turma do Tribunal Regional Federal, em Porto Alegre, tornou sem efeito jurídico as escutas telefônicas, interceptação de e-mails e documentos apreendidos na Operação Dallas, iniciativa que investiga crimes de desvio de cargas a granel, favorecimento de empresas responsáveis pela retirada de resíduos no terminal portuário, crimes de corrupção ativa e passiva, desvio de dinheiro público, superfaturamento, fraude em licitação e formação de quadrilha.

Milhões de reais envolvem todos os crimes, sendo que apenas no desvio de carga os cofres públicos teriam sido lesados em mais de 8,5 milhões de reais.

Pela decisão de incompetência levantada no TRF-4ª Região, a operação da Polícia Federal fica em situação confusa, principalmente depois do escracho já promovido em relação aos suspeitos, embora os mesmos continuem no bico do corvo por conta de uma CPI instalada na Assembleia Legislativa do Paraná, que já apurou, também, vários crimes praticados no Porto de Paranaguá.

No momento, a procuradoria Regional da República, surpresa com a decisão de Porto Alegre, corre atrás do prejuízo para, usando o mesmo argumento da anulação, isto é, de que a defesa entrou com recurso em juízo que não tinha competência para anular provas colhidas.

E agora?

Mantidas as investigações da CPI da Assembleia Legislativa que devem corroborar tudo aquilo que a Polícia Federal já levantou no porto de Paranaguá, mais novas revelações, resta ao público aguardar, como o macaco que só quer entender, se os suspeitos até agora identificados são verdadeiros anjinhos ou realmente têm culpa nessa situação.

Mais um tempo, portanto, até que tudo se esclareça e os resultados da Operação Dallas e da CPI venham finalmente a público.

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