2 de ago. de 2011

O PLÁ: Está faltando pouco...

Muito pouco, aliás. Refiro-me ao clima de apelação que, de repente, tomou conta da televisão brasileira, empurrando goela abaixo do público as mais ridículas, extravagantes e deprimentes situações que envolvem o ser humano como se fossem o retrato da normalidade. Está faltando pouco, muito pouco, realmente, para chegarmos ao sexo explícito e uma cena em horário nobre do esquartejamento de um ser humano, como acontece em certos filmes e episódios que tornam o vampirismo uma lição para crianças e adolescentes emergentes em termos de telespectador.

E as desculpas, as mais variadas possíveis e apelativas, deixam transparecer que se alguém resolver ser contra cairá, fatalmente, na indicação dos interessados nesse tipo de situação, como preconceituoso. Até o direito de sermos contra determinados comportamentos estamos perdendo, por conta de iluminados pensadores e “otoridades” que imaginam tudo isso como normal, fazendo parte da nova realidade mundial que atravessa nossas fronteiras e passa a determinar o comportamento da sociedade.

Sexo, que antigamente era assunto entre quatro paredes ganhou agora mais um ingrediente: são quatro paredes e uma televisão. Para os mais hipócritas, que se dizem modernos, chega-se ao cúmulo de desculpar este tipo de situação com a afirmação de que, diante de tanta prostituição em que se tornou o comportamento político no país, nada melhor que liberar geral e deixar tudo por conta do botão que liga-desliga nossa televisão.

Nestes últimos tempos o avanço chegou a tal ponto, ditado pela Globo e seguido pelas demais, que o relacionamento gay passou a ser norma de comportamento que a televisão resolveu tornar como instrumento maior de apelo ao público. Pregando plena normalidade no relacionamento gay, embora nem toda a sociedade aceite este tipo de situação, e chegando ao cúmulo de premiar cena de telenovela com um beijo na boca entre duas mulheres, como aconteceu em telenovela do SBT, fica claro que caminhamos para a revelação total.

Falta pouco, muito pouco mesmo para que a cena de um casal mostrando posições e orientando qual a melhor forma de se chegar ao orgasmo vai se transpor da telinha para dentro de todos os lares, sem qualquer censura. Do beijo ao resto é um passo, dizem. E por conta disso, a prostituição, que antes escandalizava a sociedade, passou a ser lugar comum no dia a dia dos brasileiros, pois a cada momento um novo escândalo explode aqui e ali, nem mais causando tanto impacto como acontecia antigamente. Assim, prostituição por prostituição, feita por nossos políticos que deixam transparecer, infelizmente, em sua grande maioria, um comportamento promíscuo e condenável, que se libere geral. E o pior de tudo é que esta prostituição se faz com nosso dinheiro. Nós é que estamos pagando essa salgada conta.

Portanto, faltando muito pouca coisa para o liberou geral, seja em termos de sexo ou na política, preparem-se, pois o Brasil avançou assustadoramente e surpreende o mundo como nossas autoridades aprendem ligeiro a liberar usos e costumes que vem de fora, importados por gente que faz desses “avanços” um instrumento capaz de também gerar, pessoalmente, enormes riquezas, já que a prostituição pessoal (ou política, nesse caso) tem diariamente a revelação de milhões que correm para o esgoto enquanto dívidas sociais continuam a ser proteladas em relação à nossa sociedade mais pobre.

Lamentavelmente, pelo andar da carruagem, como dizem, falta pouco, muito pouco, para chegarmos ao sexo explícito pessoal e político, pois daqui a pouco o beijo gay ou as cenas de políticos recebendo propinas vão se transformar em coisa do passado, já que sempre é preciso avançar para estar em dia com o mundo moderno. Como bem disse um dia Sílvio Brito: “Pare o mundo que eu quero descer!”. (Luiz Fernando Fedeger)



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