Depois de decidirem por conta que iriam se aliar ao governo tucano, vão tentar se explicar com as duas lideranças
Em meio a troca de acusações através da imprensa com o ex-governador Orlando Pessuti, a bancada do PMDB na Assembleia Legislativa aguarda a confirmação da data para a audiência com a direção nacional do partido, em Brasília e com o senador Roberto Requião. A intenção é tentar explicar porque os deputados paranaenses decidiram compor a base de um governador tucano, adversário do governo federal petista do qual o PMDB é o principal aliado. Uma comitiva de deputados irá comunicar a decisão ao presidente licenciado, o vice-presidente Michel Temer, e ao presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp.
Ontem o líder em exercício da bancada do PMDB, deputado Nereu Moura, disse que o pedido de audiência com Temer foi enviado ao assessor da vice-presidência da República, o ex-deputado federal paranaense Rodrigo da Rocha Loures, que é da Executiva Nacional, mas ainda não receberam a confirmação do dia e do horário do encontro. Os deputados também vão procurar Requião no mesmo dia em que estiverem com Temer. Tanto quanto Pessuti, o senador criticou duramente o desembarque dos peemedebistas na base aliada de Richa.
Os deputados estaduais preferem a expressão "parceria" em relação ao acordo feito com o governo tucano. “Quando o governador Beto Richa (PSDB) retirou da pauta o projeto da Agência Reguladora, que abria um precedente para a privatização de empresas públicas foi uma demonstração de abertura de diálogo e maturidade”, justifica Moura. Ele reafirma que nas reuniões que a bancada teve com Richa após isto, ele garantiu que não existe a possibilidade de privatizar a Copel, a Sanepar, Celepar e a Compagas.
Um e outro
Dos 13 deputados do PMDB, que continua sendo a maior bancada na Assembleia, apenas Anibelli Neto não se alinhou ao governo. Disse que irá atuar nas comissões e votar em plenário de maneira independente. Ainda se explicando, Nereu Moura disse que o compromisso assumido por Beto Richa, "de manter e ampliar as políticas públicas criadas durante o governo do PMDB" (2003-2010) foi fundamental para a parceria dos deputados com o governo do Estado.
Sobre Requião e Pessuti, os deputados dizem que o primeiro quando foi governador por duas vezes não apoiou um candidato do PMDB à presidência da Assembleia e que o segundo tomou decisões sozinho quando escolheu sua equipe ao assumir o cargo, escolheu Rocha Loures para ser vice de Osmar Dias (PDT), o candidato a governador que o partido apoiou em 2010 e definiu que seria o agora senador Sergio de Souza o suplente da atual ministra petista Gleisi Hoffmann. (Roseli Valério)
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