Fernando Ribas Carli Filho (Foto - Marcelo Elias / Gazeta do Povo) |
Nesta quinta-feira a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça julga recurso da defesa do ex-deputado Fernando Ribas Carli Filho, que tenta impedir que ele seja julgado pelo Tribunal do Júri. O novo advogado de Carli Filho, o jurista René Dotti, apresentou ao TJ petição na qual pede a absolvição do seu cliente da acusação de duplo homicídio doloso, devido a morte de dois jovens em acidente de trânsito que teria sido provocado pelo ex-deputado, em maio de 2009. A alegação principal de Dotti é que Carli Filho dirigia na preferencial e que ele já teria sido suficientemente penalizado pelo caso. “A tragédia alcançou também e definitivamente o réu e seus familiares", citando a renúncia ao mandato na Assembleia Legislativa e a "sumária rejeição social", entre outros pontos.
Para o advogado da acusação, Elias Mattar Assad, os argumentos da defesa não se sustentam. "Não há preferencial para quem anda a 167 km/h em via urbana", dispara. Se Carli Filho estivesse na preferencial, diz Assad, a colisão seria na lateral e não pela traseira. "O ponto de impacto não foi no cruzamento e sim ao longo da quadra seguinte. O sinaleiro estava com alertas amarelos acionados e nesta hipótese não há preferencial e sim dever de cuidado de todos. Fosse como diz a defesa não teria ele renunciado ao mandato, pois provaria ter sido vítima da situação e se manteria como deputado. Para quem colecionou cento e trinta pontos na CNH fica difícil sustentar essa tese", arremata.
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