Paulo Pimentel |
A "menina dos olhos" do ex-governador é o filé mignon do negócio, o jornal de maior cunho popular em Curitiba, a Tribuna do Paraná. Mas inclui também a transferência dos títulos do jornal O Estado do Paraná (um dos mais tradicionais, mas que já não estava em circulação) e o portal Paraná-Online, de conteúdo multimídia. O negócio foi fechado em R$ 8 milhões, tudo incluído. Os imóveis do Grupo Paulo Pimentel, porém, não fazem parte da venda. Oficiosamente, a informação é de que não existem passivos trabalhistas ou fiscais, mas o GRPCom vai assumir as ações trabalhistas e civeis em tramitação.
Decadência
Extra-oficialmente, outra informação é de que até o dia 31 desse mês todos os funcionários contratados pela modalidade Pessoa Jurídica - muito comum no setor - terão os contratos rompidos, o que inclui quase todos os colunistas ligados ao GPP. Os outros contratados pelo regime CLT devem ser mantidos, pelo menos até que o GRPCom assuma definitivamente. A expectativa é de que a partir de 1º de janeiro os veículos de comunicação de Paulo Pimentel já estejam efetivamente sob o comando dos novos donos.
A ideia do maior grupo de comunicação do Paraná é ter um jornal popular que também faça frente ao Metro, lançado no Paraná em abril desse ano pelo empresário Joel Malucelli, que entrou forte na briga pelo mercado publicitário.
Os problemas do ex-governador começaram em 2007, quando até então o GPP era dono de quatro emissoras de TV no Paraná, afiliadas ao Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), TV Iguaçu(Curitiba), TV Tibagi (Apucarana), TV Cidade (Londrina) e TV Naipi (Foz do Iguaçú). As emissoras foram vendidas por R$ 70 milhões para o apresentador de televisão e empresário Carlos Massa, o Ratinho. As razões da venda das emissoras seriam, principalmente, a crise financeira pela qual o grupo tinha passado em 2006, acumulando dividas superiores a casa dos R$ 25 milhões. (Roseli Valério)
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