Houve um tempo em que Ângelo Vanhoni colocava um nariz de palhaço para protestar contra os baixos investimentos da educação no Brasil, posicionando-se favoravelmente ao aumento do percentual do PIB destinado à educação, bandeira defendida de longa data pelos profissionais do setor.
Porém, pelo jeito o deputado federal Ângelo Vanhoni mudou de opinião, e justamente quando tinha a caneta forte, como relator da Comissão Especial que analisa o Plano Nacional de Educação (PNE), na elaboração de uma lei que garantisse mais recursos para tão importante setor no país, se opondo aos trabalhadores e aos estudantes brasileiros, que hoje contam com 5,3% do Produto Interno Bruto (PIB).
Embora o projeto original do Ministério da Educação previa 7% do PIB e os educadores solicitassem 10%, Vanhoni elevou para 8%, mas modificou o texto acrescentando uma palavra, passando a designar o índice do PIB de "investimento público em educação" para "investimento público TOTAL em educação", o que, na realidade, prejudicou o valor final a ser destinado para a educação, pois colocou no mesmo bolo os gastos com bolsas de estudo.
A maquiagem feita pelo parlamentar paranaense fez com que o relatório ficasse exatamente como o projeto do governo, com os 7% ou até menos.
Na tentativa de se defender, Vanhoni afirmou que sua canetada no projeto atende uma “negociação com o Planalto”, esquecendo, ao que parece, um passado de lutas pelo incremento na educação do país.
Antes de ser aprovado, o texto que promove a mudança no PNE ainda precisa ser apreciado pelo Senado. (Com informações de Ivana Veraldo / Ângelo Rigon)
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