9 de dez. de 2011

Canetada de Vanhoni pode prejudicar investimentos em educação

Houve um tempo em que Ângelo Vanhoni colocava um nariz de palhaço para protestar contra os baixos investimentos da educação no Brasil, posicionando-se favoravelmente ao aumento do percentual do PIB destinado à educação, bandeira defendida de longa data pelos profissionais do setor.

Porém, 
pelo jeito o deputado federal Ângelo Vanhoni mudou de opinião, e justamente quando tinha a caneta forte, como relator da Comissão Especial que analisa o Plano Nacional de Educação (PNE), na elaboração de uma lei que garantisse mais recursos para tão importante setor no país, se opondo aos trabalhadores e aos estudantes brasileiros, que hoje contam com 5,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

Embora o projeto original do Ministério da Educação previa 7% do PIB e os educadores solicitassem 10%, Vanhoni elevou para 8%, mas modificou o texto acrescentando uma palavra, passando a designar o índice do PIB de "investimento público em educação" para "investimento público TOTAL em educação", o que, na realidade, prejudicou o valor final a ser destinado para a educação, pois colocou no mesmo bolo os gastos com bolsas de estudo.

A maquiagem feita pelo parlamentar paranaense fez com que o relatório ficasse exatamente como o projeto do governo, com os 7% ou até menos.

Na tentativa de se defender, Vanhoni afirmou que sua canetada no projeto atende uma “negociação com o Planalto”, esquecendo, ao que parece, um passado de lutas pelo incremento na educação do país.  


Antes de ser aprovado, o texto que promove a mudança no PNE ainda precisa ser apreciado pelo Senado. (Com informações de Ivana Veraldo / Ângelo Rigon)

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