Pedágio mais barato
Uma nova polêmica vem se juntar agora à questão do pedágio no Paraná, que voltou a ser tema de debates na Assembleia Legislativa entre governistas e oposicionistas, após o anúncio da suspensão das ações na Justiça, por 180 dias, entre o governo do Paraná e as concessionárias que atuam no Estado. A princípio a fonte pode até parecer suspeita, já que o levantamento é da ABCR, Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias. Parece, mas não é, já que os números depõem contra a própria entidade em outros Estados. O Paraná é o quinto colocado no ranking das tarifas estaduais de pedágio mais caras do País. Aqui o preço médio por cem quilômetros é de R$ 8,26, enquanto no Rio de Janeiro, o mais caro, chega a R$ 20. Em São Paulo, vai a R$ 11,77, e no Espírito Santo, é de R$ 11,70. O quarto lugar é do Rio Grande do Sul: R$ 9,66 a cada cem quilômetros. O duvidoso nesta comparação com tarifas de outros Estados salta aos olhos, embora a regional paranaense da ABCR não o diga, claro. A explicação é que nos outros Estados, diversas obras foram realizadas, como trincheiras, contornos e até, em alguns casos, rodovias inteiras. No Paraná até hoje as empresas mantém um mínimo de manutenção e não realizaram as obras previstas nos contratos em vigor.
Diz que
Pela quarta vez, o projeto do líder da bancada do PMDB, deputado Caíto Quintana, que garante aos servidores públicos estaduais do mesmo sexo que vivem em união estável os mesmos direitos previdenciários dos demais funcionários, retorna à Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia nesta terça-feira.
Alerta
Na semana passada, parecer contrário à proposta do relator Pedro Lupion (DEM), foi derrubado, e Hermas Brandão Júnior (PSB) foi indicado como novo relator. Se os homoafetivos não se manifestarem, pressionando os deputados, é capaz de o projeto não sair sequer da CCJ, haja vista a enrolação. E, caso seja finalmente aprovado na Comissão, será preciso pressão em plenário para que seja aprovado.
Requião X Palocci
Se tem alguma relação ou não com a indicação do desafeto Orlando Pessuti (PMDB) para um cargo no BNDES, de público ele não revela, mas o senador Roberto Requião (PMDB) disse que vai assinar o pedido de CPI para investigar o crescimento patrimonial do ministro chefe da Casa Civil, Antonio Palocci.
Avisou
Requião havia dito, reservadamente, que se o ex-governador Pessuti fosse aquinhoado pelo governo de Dilma Rousseff (PT), ele não deixaria barato, seria mais rigoroso. Fato é que o senador paranaense confirmou o apoio a CPI e ainda criticou as mudanças no Código Florestal, se dizendo preocupado com a destruição das florestas brasileiras.
O Código
“Não vamos sobreviver na face da terra se o ritmo continuar assim. Eu conheci este Paraná com uma biodiversidade muito maior do que está, com florestas imensas. Agora muito pouco sobrou”, ele comentou, no final de semana, em reunião política no interior do Paraná. João Arruda (PMDB), deputado federal seu sobrinho, votou com o governo, aliás.
Cargo no TCE
Depois de aberto novo prazo pela Assembleia para inscrição de candidaturas à vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, mais três pessoas registraram suas candidaturas junto ao Protocolo da Casa: o funcionário da Secretaria de Urbanismo de Curitiba, Waldemar José Teodoro, o jornalista e economista José Carlos de Almeida Formighieri, e o médico veterinário e consultor de recursos humanos Ermari Zanini.
Caravana passa
Ignorado aqui, continua brilhando a estrela do senador paranaense Álvaro Dias no PSDB nacional. Ele foi mantido líder do partido no Senado e sua vaga de sempre garantida na executiva nacional. Do Paraná, só mais um destaque: deputado federal Alfredo Kaefer assume a 2ª. Secretaria da executiva nacional tucana. O senador Sergio Guerra foi reconduzido ao comando nacional da legenda.
Duplo peixinho
E por consenso das 25 delegações estaduais da Juventude do PSDB (JPSDB), o secretário de Esporte Lazer e Juventude de Curitiba, Marcello Richa, filho do governador, foi aclamado presidente nacional do segmento, também no último sábado, na XII Convenção e Congresso do Secretariado Nacional da Juventude, em Brasília.
Cara a cara
Frente a frente ontem em um programa de rádio, os deputados Tadeu Veneri (PT) e Stephanes Junior (PMDB) não recuaram. Sustentaram o enfrentamento entre ambos. Veneri disse que está digitalizando as notas fiscais e colocará em seu site. Elas comprovariam a prestação de contas de outubro, novembro e dezembro de 2006.
A briga
Stephanes Junior acusa o petista de ter recebido toda a verba de ressarcimento de uma vez só, cerca de R$ 138 mil, por “coincidência”, segundo ele, depois da campanha. Veneri disse que com as notas fiscais no site espera acabar com as suspeitas levantadas pelo peemedebista, de ele que ele teria “embolsado” todo o dinheiro.
Tudo ou nada
E nem um e nem outro mudou de disposição: Veneri mantém a representação contra Stephanes Junior na Comissão de Ética da Assembleia, em função do caso e das agressões verbais disparadas em plenário contra si e o peemedebista mantém o pedido de investigação sobre o petista, já enviado ao Ministério Público Estadual. Reafirmaram face to face.
Sabatina
Dois dos principais candidatos a conselheiro do TCE estão no grupo que será ouvido nesta terça-feira pela Comissão Especial constituída para coordenar o processo. São Gabriel Léger e Ivan Bonilha, ambos, aliás, com pedido de impugnação de suas candidaturas. Os outros sabatinados pelos deputados serão Jorge Antonio de Souza e Fioravanti Chierighini. Léger e Bonilha podem hoje mesmo se defender em relação às impugnações de seus nomes para o cargo.
Nepotismo ainda
Acaba hoje o prazo para que a prefeitura de Quatro Barras, na Grande Curitiba, se pronuncie sobre as denúncias de nepotismo no município. São 38 casos investigados pelo Ministério Público, sendo dois de nepotismo cruzado, envolvendo também a prefeitura de Campina Grande do Sul. A média dos salários pagos aos parentes é superior a seis mil reais. No total foram instaurados nove procedimentos para investigar irregularidades, a maioria em Quatro barras.
Pode cassar
Também existem denúncias envolvendo casos de admissão de servidores sem concurso público, gastos exagerados com viagens e a contratação de uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) que presta serviços na área da saúde, sem licitação. O promotor de justiça Otacílio Sacerdote Filho explica que os dois prefeitos podem ser cassados caso seja comprovada a irregularidade.
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