28 de jul. de 2015

PF deflagra 16ª fase da Lava Jato e mira braço da Eletrobras

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira a 16ª fase da Operação Lava
Jato - e mira contratos firmados pelo clube do bilhão com a Eletronuclear,
subsidiária da Eletrobras. Cerca de 180 policiais federais cumprem 23
mandados de busca e apreensão, dois de prisão temporária e cinco de
condução coercitiva nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro, Niterói, São
Paulo e Barueri. Batizada Radioatividade, a operação tem também como
objetivo investigar formação de cartel, pagamento de propina a empregados
da estatal e o prévio ajustamento de licitações nas obras da Angra 3. As
informações são de Veja.

A Lava Jato chegou ao setor elétrico depois de o executivo Dalton Avancini,da Camargo Corrêa, ter afirmado, em depoimentos prestados após acordo de delação premiada, que o cartel de empreiteiras formado na Petrobras
continuava a se reunir para discutir o pagamento de propinas a dirigentes da Eletrobras e da Eletronuclear, mesmo depois do estouro das investigações
sobre o petrolão. Foram presos nesta manhã o presidente afastado da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva e Flavio David Barra, presidente da Andrade Gutierrez Energia. De acordo com Avancini, Pinheiro da Silva
recebeu propina das empreiteiras. Ao lado da Odebrecht, a Andrade Gutierrez
foi alvo da 14ª fase da Lava Jato, que levou para a cadeia a cúpula das
duas maiores empreiteiras do país.
Em relação a Angra 3, Avancini afirmou que o processo licitatório das obras
da usina incluíam um acordo com a Eletronuclear para que a disputa fosse
fraudada e direcionada em benefício de empresas como a Camargo Corrêa, UTC,
Odebrecht, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Technit e EBE - todas elas
reunidas em dois consórcios. "Já havia um acerto entre os consórcios com a
prévia definição de quem ganharia cada pacote", disse o delator, que também
afirmou que propina deveria ser paga a funcionários da Eletronuclear, entre
eles o presidente afastado da entidade Othon Luiz Pinheiro da Silva. Em
agosto de 2014, em uma reunião convocada pela UTC Engenharia, o delator
afirmou que foi discutido o pagamento de propina de 1% ao PMDB e a
dirigentes da Eletronuclear.

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