13 de nov. de 2014

Fruet ainda não pagou pelas obras de reforma do Mercado Municipal

Reinaugurado com pompa em dezembro de 2012, o novo Mercado Municipal de Curitiba ainda não foi totalmente pago pela prefeitura. A Gazeta do Povo teve acesso a documentos internos que indicam atraso de R$ 711 mil referentes às obras de reforma. A gestão municipal admite a dívida, mas afirma que ela se refere a pendências solucionadas somente no primeiro trimestre deste ano. As informações são de Raphael Marchiori.
A obra completa do Mer­cado Municipal custou R$ 6 milhões, sendo R$ 2 milhões provenientes do Ministério da Agricultura. A reforma ampliou a área construída do local de 12 mil para 18 mil metros quadrados, além de ter modernizado restaurantes e lanchonetes. A modernização também visava ampliar a capacidade do local para 80 mil visitantes por semana - antes eram 36 mil pessoas.
As intervenções no local começaram no primeiro semestre de 2010, durante a gestão do ex-prefeito Luciano Ducci (PSB). Elas foram entregues à população em dezembro de 2012, quando o último pleito municipal já estava definido a favor do então oposicionista Gustavo Fruet (PDT).De acordo com a Secretaria Municipal de Abastecimento, a dívida de R$ 711 mil com a construtora se refere a parcelas das obras realizadas antes de 2013 - ou seja, durante a gestão Ducci. Seriam valores não formalizados e nem empenhados, que incluíam serviços não realizados e outros que exigiam reparos.
A reportagem, entretanto, teve acesso a um ofício do dia 14 de maio deste ano destinado ao secretário municipal de Obras Públicas, Sérgio Luiz Antoniasse. Nele, o engenheiro Luiz Carlos Rodrigues, diretor do Departamento de Edificações, afirma que a obra deveria ter sido paralisada se a empresa fosse esperar sair as ordens de serviço. Mas que isso não teria ocorrido por uma solicitação da própria prefeitura."Atendendo às solicitações da Administração Municipal e levando-se em consideração a morosidade de todo o processo, este Departamento entendeu, em comum acordo, ser prioritário manter o ritmo das obras ao invés de paralisá-las", diz trecho do documento.
Apesar de relativizar o atraso no pagamento, a prefeitura afirmou, em nota, que já enviou pedido de complementação de verbas à Câmara para efetuar esse pagamento residual. "A previsão é de que o pagamento seja efetuado em uma única parcela ainda neste ano", afirma o texto.

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