14 de nov. de 2013

SALAMUNI QUER DAR UM AGRADO PARA AMENIZAR INSATISFAÇÃO DE VEREADORES


                
Foi nesta quinta-feira (14) a reunião dos vereadores de Curitiba para definir sobre a aplicação de uma lei aprovada em 2012 e que prevê o pagamento de 13º salário a eles próprios. A polêmica em torno do tema colocou o presidente da Câmara Municipal, Paulo Salamuni (PV), no olho do furacão. A iniciativa de fazer o pagamento de mais um salário ao final do ano partiu dele, após ser pressionado por colegas para o cumprimento da lei. A maioria dos atuais 38 vereadores da capital foi reeleita, tratando-se então de legislação em causa própria que, apesar dos protestos públicos contra esse tipo de iniciativa, usa como argumento exclusivamente o aspecto legal. Salamuni tem mantido a disposição de fazer valer a lei, apesar da repercussão negativa, mas pretende dividir o ônus com os integrantes de todas as bancadas partidárias na Casa. “Apesar da existência da lei disciplinando o pagamento do benefício”, reforça o presidente. Para ele, não tem muito o que discutir, de fato, porque aponta o 13º salário como um direito consagrado nas leis trabalhistas. “Todos os agentes políticos – como secretários municipais, prefeitos e deputados – percebem o 13º subsídio, o que já está pacificado no Direito brasileiro”, defende Salamuni. O problema, porém, é o momento escolhido para aprovar a proposta no final do ano passado e o previsto para entrar em vigor. Mesmo estando com a razão e a lei nada tenha de irregular, a hora de mexer com isso já passou. Deveriam tê-lo feito antes, já que é prática comum entre parlamentares e outros agentes públicos. Se ficaram sem o 13º até agora, não irá fazer falta. O prejuízo político para cada vereador e a imagem da Câmara de Curitiba devem ser considerados.

ilustração do blog boca maldita ))
                                               MAL COMPARANDO
Entre suas alegações, Salamuni aponta o fim, no Congresso Nacional – na Assembléia Legislativa do Paraná também – do  pagamento de 14º e 15º pagamentos, “vantagem que nunca foi paga a ninguém aqui nesta Casa”, diz ele. O que por si só não vale como argumento, considerando a imoralidade dos tais salários extras. Ainda segundo o presidente, apenas os vereadores de Curitiba, em todo o País, não recebem o 13º.
                                                  BASTIDORES

O que se comenta é que o pagamento seria uma forma de Salamuni conter suposta insatisfação dos vereadores em relação a algumas iniciativas que ele adotou, em especial quanto a redução dos cargos em comissão nos gabinetes. Cada vereador de Curitiba tem subsídio mensal de R$ 13,5 mil. O presidente da Câmara, em função do cargo que exerce, tem salário maior, R$ 17,5 mil.

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