18 de jul. de 2013

SAIA JUSTA NA CPI DO PEDÁGIO: TEM BRIGA ATÉ POR CONVITE NAS ENTIDADES!

SAIA JUSTA NA CPI
Uma saia justa foi criada na reunião de ontem para o presidente da CPI do Pedágio, Nelson Luersen (PDT). Ele recebeu criticas de vários deputados que também fazem parte da comissão, por causa do encontro dele sozinho com o presidente da Federação das Indústrias do Paraná, Fiep, Edson Campagnolo. O pedetista aceitou o convite na condição de presidente da CPI e por conta disso, foi criticado pelos colegas. A maioria entendeu que ele não poderia ter ido a Fiep sem comunicar a CPI e estender o convite para o encontro aos demais deputados. O deputado Nereu Moura (PMDB) levantou a questão por defender que, por ser uma CPI, é preciso manter a formalidade e quem estiver interessado em dar informações ou fazer denúncias, que encaminhe pedido de participação em uma das reuniões da comissão, que o votará previamente. Luersen explicou que foi ao encontro do presidente da Fiep porque se tratava apenas de explicar “os objetivos e procedimentos” da CPI do Pedágio, conforme o pedido de Campagnolo. A ressalva dos outros integrantes da comissão foi de que não duvidavam da boa intenção de Luersen ou que ele tivesse ido tratar de qualquer questão pessoal em relação a CPI. Da mesma forma o presidente da Fiep, acrescentaram. As críticas foram para que todos participem de tudo, com total transparência.


EM TEMPO
O presidente da comissão levou o “pito” dos colegas por falta de experiência, está no primeiro mandato, porque entre todos os integrantes, Luersen e o deputado Cleiton Kielse (PMDB), foram os que mais se bateram para a instalação da CPI do Pedágio. Ontem também foi aprovado o regimento interno da comissão de investigação e mais alguns pontos sobre o plano de trabalho.
ÁREAS DE PEDÁGIO
Audiências públicas serão realizadas em cidades pólo de todas as regiões do Paraná em que concessionárias de pedágio atuam. Por conta disso, seis audiências públicas iniciais já foram definidas. A próxima reunião da CPI será em 6 de agosto, mas ontem vários requerimentos foram votados. Apenas a assessoria técnica irá trabalhar no recesso.
ALERTA
Na reunião de ontem o deputado Kielse afirmou que “tem gente” na ANTT (agencia nacional reguladora da área de transportes), que é contra a CPI do Pedágio. Ele não quis dar nomes. O peemebista alertou que se houver pressão sobre os trabalhos da comissão, “será denunciado”. Decidiu-se que o primeiro órgão a quem a comissão vai solicitar documentos imediatamente sobre os pedágios no Paraná é ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).
PONTA DA LÍNGUA
Para o presidente da CPI, por enquanto não é o momento de convidar ou convocar as concessionárias de pedágio para falar sobre a questão. “Nesta etapa preliminar o objetivo é o de solicitar e de reunir o maior número de documentos e informações acerca das condições do processo de implantação do pedágio”, explicou Luersen. Para chamar as empresas de pedágio “os deputados precisam estar muito bem informados sobre toda a questão”, emendou ele.
VIÉS POLÍTICO
Outra saia justa da reunião de ontem foi a discussão sobre quem deveria ser convidado para depor na CPI em função de ter tratado do tema na Assembléia. Nereu Moura sugeriu que André Vargas (PT), agora deputado federal, que presidiu a primeira CPI do Pedágio, em 2003, cuja conclusão foi apenas que os contratos entre governo e empresas são bem amarrados e não havia o que fazer.
VIÉS POLÍTICO 2
Kielse sugeriu ainda que se convidasse também o relator da mesma CPI para dar “mais esclarecimentos”. Quem vem a ser o deputado tucano e atual líder do governo na Assembléia, Ademar Traiano. O presidente da CPI pôs panos quentes, alegou se a antiga comissão não foi produtiva não tinha porque convidar Vargas e Traiano. Ou seja, o viés político foi descartado pelo pedetista. Para alívio de petistas e tucanos. O único convite aprovado foi para que Kielse seja ouvido e mostre seus estudos sobre contratos, tarifas e as empresas.

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