12 de abr. de 2013

UMA CAGADA DO PASSADO QUE AINDA NÃO CONSEGUIRAM LIMPAR DEPOIS DE MAIS DE 20 ANOS DE TANTOS RECURSOS

UMA CAGADA DO PASSADO QUE AINDA NÃO CONSEGUIRAM
LIMPAR DEPOIS DE MAIS DE 20 ANOS DE TANTOS RECURSOS





São mais de vinte anos.
Isso mesmo, mais de vinte anos já se passaram desde que Roberto Requião foi governador do Paraná pela primeira vez, de 1993 a 1996, arrastando-se por todo este tempo graças a inúmeros recursos e a morosidade da Justiça, uma causa que deveria ter sido punida com maior celeridade.
Definida recentemente com uma pena mixuruca pelo que representou na época, uma ação que o Ministério Público do Paraná impetrou em 1997, culminou há poucos dias com a condenação de Roberto Requião para o pagamento de uma multa de pouco mais de R$ 65 mil reais, mais a correção monetária, naturalmente, e que representa dez vezes o maior salário mínimo da época em que o dito cujo era governador do Paraná.
O fato condenatório se deu em 1994, quando o escândalo das diárias frias se misturou a correspondências usadas via Casa Civil do Palácio Iguaçu para milhares de paranaenses, atacando adversários do governo, especialmente o então senador e presidente do Bamerindus, José Eduardo Andrade Vieira.
Na época, usando material da Casa Civil e funcionários integrados a mesma, sob o comando de Caito Quintana, hoje deputado estadual e aliado do governo através do PMDB, Requião mandava cartas criticando adversários por seus atos que eram contrários ao governo.
Dois funcionários, principalmente, Claudio Ribeiro e Mauro Rocha, eram os encarregados desta operação desmoralizante,
Os dois, inclusive, embora tenham sido condenados não precisarão pagar qualquer multa, já que foram desconsiderados como responsáveis direitos pela situação servindo apenas, como se diz, como bucha de canhão.
Uma comissão de sindicância presidida na época pelo advogado Suez Nogueira, ficou responsável pelas investigações da situação e elaborou substancioso relatório que confirmou as suspeitas que deram em improbidade administrativa do ex-governador e atual senador Roberto Requião.
Para complicar ainda mais a situação, na época, foram descobertas as emissões de diárias frias e passagens aéreas que eram tiradas em nome de uns e na verdade serviam para que outros utilizassem as mesmas.
Um escândalo de alguns milhares de reais na época e que julgaram mixaria diante de tantos outros escândalos que explodiram naquele tempo de farsa que viveu o Paraná.
Foram os desembargadores da 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça que entenderam agora pelo enquadramento de Roberto Requião no crime de improbidade administrativa, reformando decisão anterior da Justiça de 1º grau que havia inocentado Requião e levando o MP a recorrer da decisão.
Mais de vinte anos se passaram do fato, mas ainda cabe recurso por parte dos atingidos, principalmente Roberto Requião que a esta altura não tem mais a chance de empurrar a conta para o PMDB como acontecia anteriormente, obrigando-se a tirar do próprio bolso a condenação caso a mesma seja confirmada.
Mesmo condenado, Requião que hoje é senador, e tem ainda mais quatro anos de mandato, não entra no rol dos fichas-suja, pois existe brecha na Lei do Ficha Limpa e que o alivia de situação mais constrangedora.
EM TEMPO
Nunca é demais lembrar que os dois condenados, Claudio Ribeiro e Mauro Rocha, durante estes últimos vinte anos pouco tempo, prá não dizer o mínimo, ficaram longe do Poder.
Claudio Ribeiro até os últimos governos Requião e Pessuti atuou na área cultural, enquanto Mauro Richa atua hoje na assessoria de Fabio Scatolini, a Eminência Parda do governo Fruet, na área da Secretaria de Administração, depois de ter sido assessor jurídico na administração Luciano Ducci.
Mais uma prova de que, quem tem padrinho nunca morre pagão.

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