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Paulo Bernardo |
Em entrevista o ministro sequer fala o nome do senador Roberto Requião, seu desafeto pessoal depois de acusações feitas pelo peemedebista quando era governador e que resultou em condenação ao atual senador. Mas sobre outro senador paranaense, um dos maiores opositores do governo federal petista no Congresso, Bernardo deu nome e sobrenome nas declarações que fez ontem. Disse que Álvaro Dias (PSDB) "usou jatinho para cima e pra baixo e não declarou nada a justiça eleitoral. Eu não gosto de falar sobre isso, mas tem uns casos de fariseus aí que não tem como.”
O comentário de Paulo Bernardo sobre o senador tucano foi a propósito da acusação de que o casal de ministros teria usado jatos de propriedade de empresários para ir a Brasília e de que Gleisi, quando candidata ao Senado em 2010, teria feito isso também durante a campanha eleitoral. O ministro admitiu na entrevista à rádio BandNews de Curitiba, que já pegou esse tipo de carona, mas garantiu que na campanha da mulher no ano passado eles alugaram uma aeronave "pela campanha ou pelo PT e declaramos isso formalmente na prestação de contas”.
O ministro reafirmou que a maioria das viagens de campanha foram pagas, mas em seguida disse saber "de gente que se elegeu para o Senado, andando de jato e não declarou um tostão" e acabou por afirmar que se referia a Álvaro Dias. Já o senador tucano evitou criar polêmica ontem, mandou dizer pela assessoria que tudo que usou na campanha está na declaração apresentada à Justiça Eleitoral.
Sobre os vários ministros que caíram esse ano, Bernardo afirmou que a presidente Dilma agiu corretamente nos casos envolvendo denúncias. “A presidenta agiu da mesma forma em todos os casos. Ela disse a todos eles que confiava neles até prova em contrário, mas a tarefa de esclarecer a opinião pública é do próprio ministro. E se o ministro não consegue esclarecer aí fica difícil”, observou. O paranaense lembrou também da exceção nas demissões, a do gaúcho Nelson Jobim, titular do Ministério da Justiça. “No caso do Jobim foi diferente. Houve uma incompatibilidade. Ele disse algumas coisas, repetidas vezes e não havia condições de haver continuidade.” (Roseli Valério)
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