3 de nov. de 2011

O PLÁ: Imagens chocantes

Que mundo é esse?

Foram no mínimo chocantes as imagens que o mundo inteiro viu pela TV, nos jornais e revistas, de um ser humano atacado aos socos, pontapés, pauladas e outros objetos que de forma ferida quase estraçalharam o corpo de uma pessoa que, independente de ser ou ter sido um ditador, não merecia este tipo de comportamento.

Talvez contrarie algumas opiniões que vão se basear nas atrocidades praticadas sob o comando do ser humano que agora defendemos em termos de imagens chocantes jogadas ao público mundial, mas um erro não justifica outro.

O comportamento de verdadeiros animais que sequer se preocuparam com os pedidos de clemência que teriam sido gritados sem encontrar eco, identificam um mundo em que estamos vivendo onde o sentimento de humanidade perde, cada vez mais, o sentido da vida.

As imagens chocantes dos últimos dias, sem citar sequer o nome da vítima, mas respeitando-o como ser humano que foi por seus próprios irmãos de sangue transformado num verdadeiro trapo, realmente nos dão muito o que pensar.

É um momento para profunda reflexão.

Mas não precisamos ir muito longe para ver cenas mais ou menos parecidas ou até mais revoltantes, quando a insensibilidade toma conta de certas mentalidades que preferem a força ao contrário de responder com a razão em questões sejam elas simples ou complexas, mas que exigem que, pelo menos, se conte até dez antes de tomar qualquer atitude.

Nos dias atuais, vendo pessoas passarem próximas a outras jogadas na sarjeta, antecipando bêbados que muitas vezes são pessoas passando por algum mal súbito, sentimos que a sensibilidade humana vai sendo substituída por um endurecimento de corações que precisa, com urgência, ter um momento de reflexão de todos nós para tentar entender o que está se passando com o nosso mundo.


Em disputas pessoais ou por quaisquer outras razões como futebol, trânsito, ou simples fofocas, acompanhamos quase que diariamente situações que se identificam em boletins de ocorrência que se analisados devidamente deixam a certeza de que eram assuntos simples de serem resolvidos mas que levaram a disputas nos palavrões ou no braço, isso quando não chegam a agressões descontroladas.

Dizem que os meios de comunicação são culpados em parte por este estado de coisas, mas é preciso que se analise muito mais, pois muitos dos envolvidos em tais registros são justamente pessoas esclarecidas e que não se deixam, ou não deveriam se deixar envolver por picuinhas que levam a ocorrências maiores.

O que vimos na televisão, nos jornais e nas revistas nos últimos dias, quando um ditador do Oriente Médio foi julgado por seus próprios semelhantes e exposto publicamente em atos que consideraram de justiça, mas que identificaram verdadeiras bestas humanas, nos levou a essas reflexões pessoais que resolvemos nesta semana colocar em destaque como uma contribuição aos gritos de alerta que se fazem quando tanto se fala em direitos humanos.

Não defendemos criminosos nem atos de ditadores insanos que abusaram do seu poder levando muitos à miséria e a morte, mas não podemos nos transformar em verdadeiros monstros que aplaudem um tipo de espetáculo macabro ou que vibram simplesmente com a dor alheia que vai sendo aplicada por juízes que pessoalmente se transformam em donos da verdade para impor o que julgam o mais certo.

Afinal, que mundo é esse em que estamos vivendo?

Será que estamos nos comportando como seres racionais? (Luiz Fernando Fedeger)

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