22 de set. de 2011

O PLÁ: A importância do Voto Distrital

Em busca de um Brasil cuja reforma política pode ampliar nossos horizontes em termos de cidadania, vamos mantendo acesa a chama da esperança que embala o sonho de brasileiros de olho no futuro.

Depois que confirmei a meu amigo Dr. Mariano Taglianetti, um batalhador por esta causa, a minha simpatia pelo sistema do Voto Distrital, manifestando meu interesse por uma causa que precisa ser melhor esclarecida e ampliada no conhecimento dos brasileiros, senti uma luz em seus olhos de que realmente precisamos nos unir em torno de tal bandeira.

Em um dos últimos finais de semana, na Boca Maldita, reduto que nos permite falar aberta e democraticamente de todos os assuntos, tive oportunidade de ouvir por parte de mais um amigo a respeito desse assunto de ordem política pelo qual precisamos nos interessar constantemente, aperfeiçoando conhecimentos e ouvindo opiniões que, de forma abalizada, nos permitem sedimentar ainda mais nosso sentimento de cidadania.

Esse amigo, de longa data, que há muito tempo não encontrava, o Dr. Frederico Mercer Guimarães, gente de boa cepa vindo lá dos tempos de Telêmaco Borba em que fizemos o Cursilho, instrumento que na época nos ajudou a encaminhar para uma vida ainda mais cristã, foi apresentado ao Dr. Mariano, que se aproximou e ao nosso lado e passou, de imediato, a contar que já havia feito seu pequeno “comício”junto a um grupo de amigos de onde o assistimos falante e entusiasmado, imaginando qual seria o assunto, que sempre aborda com muita propriedade.


Como imaginamos, o amigo Frederico e eu, o assunto era Voto Distrital, e não deu outra, foi a matéria que a seguir discorremos em manifestações do entusiasmado Dr. Mariano, do Frederico e de minha parte, buscando mais ouvir do que falar pois perto de amigos de maior intelectualidade me curvo as expressões que refletem um conhecimento que vai me tornando também hábil nas palavras e nas manifestações por uma boa causa.

Mas vamos ao que interessa e que é o Voto Distrital.

Puro ou misto, é uma forma de aprimorarmos a oportunidade de participação mais direta da classe política junto àqueles que, pelo voto, escolhem seus representantes na vida pública.

Os exemplos de nações mais avançadas que adotaram essa prática têm hoje a oportunidade de premiar seus filhos com a chance de uma escolha que, além de mais democrática, é o retrato da representatividade que mais se amolda à nossa realidade de país-continente, permitindo que os brasileiros possam ter mais de perto um deputado ou senador que realmente defenda mais de perto os interesses daqueles que os elegem.

Hoje, com um sistema que facilita os chamados “pára-quedistas”, explorando pelo interesse próprio um eleitorado que só lhes diz respeito quando representa a garantia de votos mas sem uma identidade mais próxima com o público que lhes confia o voto, vivemos a cada eleição a busca por aqueles que imaginamos seja o melhor para nossa cidade, nossa região ou nosso estado, pouco nos preocupando se estão ou não de fato integrados à realidade que procuramos defender democraticamente.

No momento em que a OAB, que nem sempre defende os mesmos pontos de vista deste articulista, busca, a nível nacional, incentivar o povo brasileiro para a discussão de uma reforma política que nos permita almejar um sistema mais ligado à realidade dos brasileiros, embora muitos não se tenham dado a conhecimento disso, precisamos mais do que nunca abraçar esta causa.

O Voto Distrital é, sem dúvida, o instrumento que nos permitirá exercer da melhor forma a nossa cidadania, separando o joio do trigo e nos permitindo escolher políticos na acepção mais exata do termo e não apenas aproveitadores de uma realidade que, infelizmente, o Brasil ainda disfarça como se tudo estivesse de acordo com o pensamento da maioria.

Seja de modo puro, como defende entusiasmado nosso amigo Dr. Mariano Taglianetti, que inclusive encabeça movimento na sua área de atuação, para que essa causa se torne realidade, ou de forma mista que por enquanto não seria uma forma mais drástica de se adotar um novo sistema com a reforma política, o Voto Distrital se constitui, de fato, na fórmula capaz de evitar que continuemos sendo explorados por comportamentos do estilo de velhos coronéis políticos que continuam por muitos e muitos anos a desfrutar de um verdadeiro “emprego”, esquecendo que suas escolhas para algum cargo deveria ser apenas expressão de reconhecimento com quem tem realmente a possibilidade de bem nos representar na vida pública.

É claro que em uma pequena mensagem como esta, daí a importância de uma campanha ampla, total e irrestrita que precisamos fazer pela adoção do Voto Distrital, não vamos conseguir esgotar um assunto de tamanha expressão e que deve merecer de todo o eleitorado brasileiro a mais completa análise até o momento de sua adoção como sistema político de um país emergente.

É hora mais do que nunca de discutirmos e fazermos discutir o Voto Distrital como um dos itens principais de uma reforma política que vai sendo cada vez mais adiada por aqueles que, de acordo com se interesse pessoal, pretendem manter o status quo que melhor lhes convém na manobra de um eleitorado que sempre vai às urnas sem preocupar-se realmente com aqueles a quem estão destinando o seu voto.

A causa é nobre e bastante oportuna, razão pela qual neste espaço de opinião não nos furtamos de abraçar a mesma como assunto que esperamos nossos políticos passem a discutir mais intensamente, assim como entidades como a OAB proporcione por sua expressiva influência, a chance de ser analisada devidamente por todas as cabeças pensantes deste país.

Não chego a gritar entusiasmado “Voto Distrital Já!”, como se fosse um mote de qualquer campanha, mas entendo que aproveitar a oportunidade e falar cada vez mais a respeito proporciona combustível para alimentar o motor das discussões em torno de uma reforma política que, infelizmente, ainda continua patinando. (Luiz Fernando Fedeger)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...