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Koringa: Muitos sabiam dos fatos, mas ter coragem de contar... |
Na última semana a equipe do Nosso Litoral teve acesso à cópia de um depoimento prestado à PF no dia 15 de julho de 2010, pelo ex-vereador Sebastião João dos Santos, mais conhecido como Koringa. Ele foi candidato pelo PPS, partido que fazia parte da coligação que ajudou a eleger o atual prefeito e, além de confessar, contou detalhes de como funcionava a distribuição de medicamentos, cestas básicas, combustível, além de outras vantagens financiadas por Dalmora durante a campanha.
A distribuição de combustíveis
Em 2008, Koringa era proprietário de um posto de combustível que ficava localizado na Avenida Roque Vernalha, no Centro da cidade. Segundo ele, só lá foram distribuídos aproximadamente 40 mil litros de combustível, sendo um dos lugares que menos distribuiu.
Ainda de acordo com ele, quando o combustível também favorecia sua campanha, a coligação de Dalmora pagava a metade do valor referente. Porém, quando o combustível era para outros candidatos, a coligação pagava o valor integral.
Além do Auto Posto Koringa, a distribuição de combustível em favor da coligação de Dalmora também era feita em, pelo menos, mais três postos, pertencentes aos empresários Mário Gonçalves da Costa e Adalto Mendes Lüders, ambos colaboradores da campanha do prefeito.
Depois das eleições, logo que Dalmora assumiu o cargo, Adalto venceu uma licitação da Prefeitura, passando a ser fornecedor exclusivo de combustível para o município. Na ocasião, o empresário levou R$ 800 mil dos cofres públicos, em retribuição dos serviços prestados para Eduardo Dalmora durante a campanha.
A distribuição de dinheiro no dia da eleição
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Dalmora: Complicado |
A cena se repete
Faltando menos de um ano para o início da campanha eleitoral de 2012, Dalmora parece não se intimidar com as investigações da Polícia. Só essa semana, nossa equipe foi procurada por quatro pré-candidatos a vereadores que afirmam ter recebido oferta em dinheiro, por parte do prefeito, para que abandonem os partidos de oposição e ingressem em partidos da sua base aliada.
O caso mais recente foi do mecânico Pinheiro, da Vila Nova. Segundo ele, Dalmora o procurou e ofereceu pessoalmente, combustível e R$ 20 mil para sua campanha, caso ele deixasse seu atual partido para se filiar no PT.
Se em 2008 as acusações já eram sérias, agora eles se tornam ainda pior, uma vez que existem fortes indícios de que o dinheiro utilizado para financiar a compra de votos e candidatos para 2012 esteja saindo dos cofres da Prefeitura.
Com tudo o que aconteceu no passado e volta a acontecer agora, se a Polícia Federal não mostrar um resultado em breve, só existem duas explicações: Ou a Justiça é falha, ou como diz o prefeito: “Para o povo é a lei, não para o rei”. (Nossolitoral.wordpress.com)
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